A vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio, passou a pedir socorro por apoio e solidariedade a colegas do PT, a jornalistas militantes de esquerda e a grupos de advogados. Só falta ir ao presidente Lula na batalha para não ter o mandato cassado.
Nunca na história da Câmara Municipal se tomou conhecimento de provas documentais tão robustas de apropriação indevida de VI. No ano passado, quatro pagamentos de verba indenizatória de R$ 5 mil cada, somando R$ 20 mil, saíram da ex-chefe de Gabinete, Laura Natasha, direto para o bolso da vereadora, o que é considerado ilegal, imoral e configura quebra de decoro – saiba mais aqui.
A Comissão de Ética da Câmara apura o escândalo, assim como o MPE. Sem argumento para contrapor as provas, Edna, que contratou como advogado o ex-juiz federal e filiado petista Julier Sebastião, classifica os documentos sobre rachadinha de fake news, tentou na Justiça, sem êxito, censurar e tirar matérias do ar sobre o caso. Pedindo por “compaixão”, ela se passa de vítima de violência política de gênero e lembra o tempo todo ser mulher e negra.
Ataque e intimidação
Entre as estratégias da defesa de Edna estão o ataque a quem divulga os fatos e a tentativa de intimidação de vereadores, com pedido de informações junto a eles de detalhes do uso de VI.
O jornalista-militante João Negrão, por exemplo, que se diz defensor da ética e do jornalismo imparcial, é um dos expõem a senha do interesse pessoal na pauta. Ex-marido da atual chefe de Gabinete de Edna, Neusa Baptista Pinto, Negrão ataca nos grupos de WhatsApp e nas redes sociais colegas que dão espaço ao caso. E ainda se encarregou de tentar deixar acuados assessores e vereadores. Sem identificar o veículo de comunicação, pelo qual a pauta seria encaminhada para publicação, Negrão fez chegar aos gabinetes um ofício com sete perguntas para saber em detalhes como a VI é utilizada.