Segundo a TF Agroeconômica, a recomendação para os produtores de milho permanece inalterada: como é muito improvável que os preços desta safra cubram os altos custos de produção, os agricultores devem usar a experiência deste ano para planejar melhor a comercialização das próximas safras, com um planejamento adequado da sua lucratividade.
Os preços do Cepea no Brasil subiram 2,78% no mês e 2,21% na semana, impulsionados pela disputa sazonal que ocorre no segundo semestre entre exportadores e indústrias de carne. Esse movimento é estimulado por uma produção 12,2% menor, que caiu de 131,89 milhões de toneladas na safra passada para 115,86 milhões de toneladas na safra atual. Com menor oferta, a disputa aumenta, e, no mercado futuro da B3, os preços subiram 3,35% na semana.
Além disso, os prêmios de exportação nos portos brasileiros aumentaram, em média, 20 cents por bushel em comparação a 30 dias atrás, situando-se agora entre 100 e 115 cents, contra 80 cents em junho. Esse aumento nos prêmios deu suporte às compras das tradings no interior do país, que aumentaram para cerca de 3 milhões de toneladas por semana nas três últimas semanas de julho.
Por outro lado, a entrada da safrinha brasileira no mercado comercial, apoiada pela desvalorização do real frente ao dólar, melhora a competitividade das exportações do Brasil, que compete com os EUA pelo mercado chinês. O bom estado das colheitas nos EUA é um fator pessimista, levando empresas privadas a recalcularem possíveis rendimentos que podem ultrapassar o recorde de 113,61 quintais por hectare estabelecido pelo USDA.
O mês de julho, crucial para a produtividade do milho, terá boas chuvas nos EUA. As previsões indicam um melhor fluxo de chuvas para o centro e leste do cinturão soja/milho, o que permitirá fechar julho com boas condições ambientais para a fase de polinização das culturas. Contudo, as áreas produtoras das Grandes Planícies continuam com previsões de pouca chuva e temperaturas acima do normal.