O deputado estadual e líder do Governo na Assembleia Legislativa, Dilmar Dal Bosco (União Brasil), afirmou que os 28 km da Rodovia dos Imigrantes, localizada entre Cuiabá e Várzea Grande, será duplicada e já está no radar do Estado para ser prioridade de execução. No entanto, seu correligionário, o governador Mauro Mendes, Já rechaçou a ideia e disse que não há novidades sobre o caso.
O Governo assumiu os 822 km da BR-163 por meio da transferência de concessão no mês de maio. Agora, sob tutela do Estado, que é o maior acionário da Nova Rota do Oeste, serão realizadas obras de pavimentação e duplicação, porém, o trecho da Imigrantes ficou de fora, gerando revolta na classe política.
“Vai ter duplicação, tem que ter duplicação na Imigrantes, ou tem que achar outra via então. Mas tem que ser lá na Imigrantes, que é o trecho mais fácil de acesso. Já está aberto, tem o distanciamento por se tratar de uma BR, ideal para construções e o que estiver fora ou dentro da faixa de domínio tem que se conversar. Até porque tem uma legislação que permite esse tipo de atitude [desapropriação]. Eu vejo que o melhor caminho é a duplicação lá pela Imigrantes e já está no radar do Governo como prioridade de execução”, disse Dilmar.
Secom-MT
A fala do deputado à imprensa foi feita no sábado (1º), durante evento de assinatura para início das obras de duplicação do trecho da BR-163 entre Posto Gil a Nova Mutum (a 240 km de Cuiabá). O Governo alega ser apenas o concessionário e já alertou que cumprirá apenas o que foi acordado com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Qualquer outro tipo de alteração, necessita de aprovação do órgão regulador.
Também no sábado, Mauro foi questionado sobre qual seria, de fato, a definição do Estado a respeito da Imigrantes. O gestor foi direto ao alegar não haver alteração no que já havia sido dito por ele: “Já falei dezenas de vezes sobre isso, e não tem nenhuma novidade”.
Inicialmente, a MT Par, empresa do Governo, que assumiu Rota, alega que a Rodovia dos Imigrantes possui entraves como o alto custo para desapropriação de terras, no entanto, políticos analisam como sendo um blefe, e não abrem mão das obras estruturantes nas duas principais cidades do Estado. A Nova Rota chegou a dizer que o trecho entraria em prioridade, mas até o momento, não houve mudanças anunciadas.