Os vereadores por Cuiabá, Demilson Nogueira (PP) e Maysa Leão (Republicanos), criticaram a ausência de provas nas denúncias feitas pelo prefeito eleito, Abilio Brunini (PL), e vereadores recém-eleitos, que apontam a existência de supostos parlamentares infiltrados e financiados pelo Comando Vermelho no Legislativo.
Demilson questionou a neutralidade e inércia do Ministério Público Estado (MPE), que em meio às declarações seguiu em silêncio, mesmo diante da gravidade do caso. Além disso, relembrou que houve um “abafamento” de denúncias silimares em 2022, mas agora, segundo ele, a classe política quer jogar somente a Câmara de Cuiabá no lixo – colocando a credibilidade de todos os vereadores em xeque.
“O Ministério Público está ouvindo as notícias, está ouvindo todo mundo, mas não agiu. Mas essa história de envolvimento político de facção criminosa não é novo. Inclusive na eleição de 2022, o deputado Wilson Santo, anunciou que haviam deputados envolvidos com facções criminosas, mas nada foi adiante. Acabou os nomes, acabou os rumores, MP permaneceu calado”, disparou ele.
Montagem/Secom-Câmara de Cuiabá
Os vereadores por Cuiabá Demilson Nogueira (PP) e Maysa Leão (Republicanos)
Para a vereadora Maysa, é necessário que agentes públicos tenham responsabilidade em suas falas, sendo pautados pela verdade, ou seja, apresentar todas as provas, descortinando quais vereadores teriam sido financiados pelo CV e atuariam em favor do grupo criminoso.
“Nós precisamos que a Procuradoria intime todas as pessoas que fizeram denúncia para trazer provas. Como uma pessoa pública, a partir do momento que você concorre a um cargo eletivo, você vence para um cargo eletivo, tem que tomar cuidado com tudo o que diz, porque você é uma autoridade. Falar, até papagaio fala. A gente precisa de provas. Eu me sinto receosa. Estamos em um Parlamento onde todo mundo foi financiado?”, questionou.
Maysa acrescentou que também tem conhecimento de conversas de corredor, mas nem por isso sai propagando algo que não tem conhecimento concreto ou provas substanciais, diferente dos “denunciantes” que, ao serem enquadrados, afirmam que “ouviram boatos” nos corredores do Parlamento.