O vereador por Cuiabá, Demilson Nogueira (Progressistas), justificou o seu voto favorável ao Projeto de Lei que autoriza o Executivo a contratar um empréstimo de R$ 139 milhões junto ao Banco do Brasil. O parlamentar, que é oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), disse que seu votou baseado no destino que esse recurso terá e não em apoio à gestão municipal.
Rodinei Crescêncio
“O vereador Demilson Nogueira é um vereador de oposição e continuará fazendo esse papel de fiscalizar. O aporte deste empréstimo vai acontecer em quatro desembolsos por parte do Banco do Brasil. O pagamento do Banco do Brasil será feito de acordo as medições das obras”, disse em visita Grupo 
e entrevista ao Rdtv News.
No último dia 16 de julho, a Câmara aprovou, com 16 votos favoráveis, o projeto do Executivo. O montante de R$ 139 milhões será usado no financiamento das Obras de Infraestrutura Viária e Mobilidade Urbana, em Obras de Infraestrutura no Mercado do Porto e para a instalação de Usina Fotovoltaicas. O projeto foi aprovado em regime de urgência e o empréstimo deve ser feito junto ao Banco do Brasil ainda este ano.
De acordo com o projeto, a divisão do valor ficaria da seguinte forma: R$ 50 milhões serão destinados para obras da Avenida Contorno Leste, R$ 9,5 milhões para obras de recapeamento asfáltico e R$ 4,5 milhões serão destinados para a conclusão das obras do Mercado do Porto.
Demilson diz que os trabalhadores do Mercado do Porto vivem em condição desumana e que é essencial que seja concluída a segunda parte das obras do local.
“Eu entendo, por exemplo, que quem frequenta a Feira do Porto vê a condição desumana que aquelas pessoas ali trabalham. Mesmo a gestão não tendo credibilidade, em nome daqueles feirantes, eu acabei por oportunizar ao prefeito que ele possa concluir aquela obra com esse empréstimo. Então, esse foi um dos motivos”, explicou o parlamentar.
Apesar do voto favorável, Demilson afirma que continuará firme no processo de fiscalizar as ações do Executivo.
“Eu vou acompanhar passo a passo. Desde assinatura na obra, dinheiro na conta, ordem de serviço. Não tenha dúvidas que eu vou fazer isso. Parte desses valores, eu creio que cerca de 50%, ficará a cargo do próximo prefeito de Cuiabá. As críticas são bem-vindas, eu as recebo com tranquilidade. Agora, o meu trabalho de fiscalizar eu não vou parar”, garantiu Demilson.