O secretário-chefe da Casa Civil e deputado federal licenciado, Fábio Garcia, afirmou que não teme que a definição “tardia” de que será o candidato do União Brasil à Prefeitura de Cuiabá possa atrapalhar o seu grupo político para as eleições do próximo an, ainda que outras siglas já estejam se articulando. Fábio, que disputa internamente a opostunidade de ser candidato com o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, defende que o debate ocorra somente no “momento oportuno”.
“Não [atrapalha], vamos discutir no momento certo, conforme determina a legislação. Ano que vem vamos discutir eleição. Esse ano o governador e todo o nosso grupo, está focado em trabalhar”, disse ele, nessa quinta-feira (13).
Evelyn Souza
Fábio ganhou um canhão político ao ser escolhido como secretário, ainda que temporariamente. Integrantes do União Brasil e o próprio Botelho avaliam a escolha como “natural”, já que o cargo é de confiança do governador Mauro Mendes, atual líder da sigla em Mato Grosso, “padrinho político” de Fábio.
Nos bastidores, Mauro sinaliza que apoiará o projetodo federal, que no momento rejeita publicamente estar pensando em eleição. Fábio pontua que todos os candidatos devem trabalhar para que, no futuro, os projetos possuam base, e desta forma, seguirá atuando e fortalecendo sua possível chapa, que necessariamente, precisa ser aprovada nas convenções partidárias.
“Eu sempre disse para todos que o Brasil precisa deixar de ser um país que sai de uma eleição, e entra em outra. Esse país precisa trabalhar. É algo que eu defendo há muito tempo, portanto, acredito que agora o momento é de trabalho. Respeito a todos que queiram construir suas candidaturas, mas vamos discurtir no ano de eleição”, argumentou.
Cenário se repete
Além da briga no União Brasil, o Partido Liberal e a Federação Brasil da Esperança – formada por PT, PV e PCdoB – vivem o mesmo cenário de disputa interna para definição de candidatura, com alguns querendo deixar o debate para o próximo ano e outros tentando bancar suas candidaturas com punhos de aço.
O PL tem dois nomes, o do federal Abílio Brunini e o do presidente da Câmara, Chico 2000. Já a Federação, tem dois petistas, a ex-federal Rosa Neide e o deputado estadual Lúdio Cabral, além do atual vice-prefeito da Capital, José Stopa, do PV.