Outros 28% dizem que 31 de março deve ser celebrado. O total dos que consideram que a data deve ser desprezada aumentou 6 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, feita em abril de 2019. Visitante observa foto da exposição “Evandro Teixeira. Chile, 1973”, no Rio de Janeiro. Além dos registros feitos no Chile, a exposição mostrou imagens produzidas por Evandro durante a ditadura militar brasileira.
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” neste sábado (30) aponta que a maioria dos entrevistados querem que a data que marcou o início da ditadura militar no país, 31 de março, seja desprezada.
Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que o governo federal não irá realizar nenhum ato alusivo aos 60 anos do golpe.
A pesquisa apurou que:
63% dizem que a data deveria ser desprezada
28% dizem que a data deveria ser comemorada
9% não sabem ou não opinaram
Em relação à pesquisa anterior, realizada em abril de 2019, houve aumento de 6 pontos percentuais entre os que consideram que a data deve ser desprezada — de 57% para 63%. Já os que disseram que a data deve ser celebrada caíram 8 pontos, de 36% para 28%.
Entre os que se autodeclaram bolsonaristas, 58% dizem que a data deve ser desprezada e 33%, que merece celebração. Os índices caem para 51% e 39%, respectivamente, quando o entrevistado diz ser eleitor do PL, partido do ex-presidente.
Já entre os petistas, 68% querem o desprezo à data do golpe e 26%, a celebração. Para aqueles que se declaram neutros, 60% defendem desprezar e 26%, celebrar.
O Datafolha entrevistou 2.002 pessoas com 16 anos ou mais, em 147 cidades, nos dias 19 e 20 de março.
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