Gustavo Arakaki
Cuiabá registrou cerca de 1,5 mil raios nesta quarta-feira (11), de acordo com o Climatempo. O dia na Capital já começou com chuva desde a madrugada. Foram 39 milímetros de chuva registrados em apenas uma hora.
Segundo o Climatempo, foram 1.487 raios de meia-noite às 9h30, sendo que 550 atingiram o solo. Em todo o Estado, foram 13,4 mil raios. Desse total, pouco mais de 7 mil atingiram o solo. As regiões que mais registraram foram o oeste e o centro-sul de Mato Grosso.
Segundo a meteorologista do Climatempo, Josélia Pegorin, a grande quantidade de raios sobre o Brasil está diretamente relacionada com a sua posição geográfica. O país está localizado nas regiões tropical e subtropical da Terra, onde temos a maior quantidade de ar quente e úmido disponíveis para a formação das nuvens do tipo cumulonimbus, que são as grandes geradoras das descargas elétricas atmosféricas, incluindo os raios.
“O que chamamos de raios são as descargas elétricas intensas que conectam as nuvens de temporal e o solo. São as descargas elétricas que saem das nuvens e chegam ao solo. Raio é diferente de relâmpago. O relâmpago é qualquer descarga elétrica gerada por nuvens de tempestade. Então, as descargas que ocorrem dentro de uma nuvem ou entre nuvens são chamadas de relâmpagos. O raio é a descarga elétrica que sai da nuvem e se conecta ao solo”, explica a especialista.
Ainda conforme a meteorologista, a primavera e o verão podem ser consideradas as “estações dos raios”. “Tecnicamente as nuvens cumulonimbus, e os raios, podem se formar em qualquer época do ano. Porém, elas são mais frequentes durante a primavera e no verão, que são as estações do ano onde fica mais quente e com muita umidade no ar. A formação das nuvens cumulonimbus exige calor e umidade do ar elevada”, pontua.
Fenômenos como El Niño e La Niña influenciam a formação das nuvens de tempestade e, portanto, a incidência de raios.