Na luta por leis mais duras para quem comete crimes ambientais, o governador Mauro Mendes (União Brasil) destacou, nesta segunda (29), que a prática de desmatamento ilegal prejudica a imagem do agronegócio brasileiro perante o mercado, resultando em danos significativos para a economia, pois no atual cenário, os importadores não querem ser associados a quem age de maneira irregular.
Uma das bandeira levantadas por Mauro é o confisco de terras de quem desmata ilegalmente, porém, tem enfrentado certa resistência da classe política. Durante o videocast ” target=”_blank” rel=”noopener”>Macro em Pauta, da Exame, reiterou a necessidade da medida para manter limpa a imagem do setor – que é a principal locomotiva do país.
“Esse desmatamento ilegal é muito ruim para a imagem do país, é muito ruim para a imagem do agro brasileiro, que é o mais importante e abrangente setor da economia brasileira. Então, cuidar da imagem desse setor é cuidar dos nossos negócios que fazemos com o mundo inteiro, porque ninguém compra de uma empresa se ela tem uma imagem ruim. Ninguém compra, então o país pode ser prejudicado por 1 ou 2%”, manifestou.
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Muitos classificam a pena como sendo muito rigorosa, entretanto, Mauro argumenta que a medida já funcionou no combate às plantações de maconha. O gestor defende que “pena dura forja e muda padrão de comportamento. A impunidade no Brasil virou regra, as pessoas acham que vão conseguir se safar, que ele vai prescrever”.
Ele avaliou ainda que a situação pode soar como desperdício de esforços, já que no atual cenário, não há um resultado eficaz com as medidas existentes.
“É um dinheiro jogado fora, porque todo ano está acontecendo. Nós já aplicamos bilhões em multa, aí o cara recorre. Ele conta com a impunidade gerada pela lentidão do serviço público brasileiro e a gente têm trabalhado arduamente, dentro das quatro linhas, daquilo que permite a lei. Porque eu como Estado não posso fazer uma medida que esteja amparada na lei, porque senão eu ou o meu secretário vamos responder com isso. Nós estamos muito duros para cumprir isso”, comentou.
A União Europeia é um dos principais blocos que compram da produção agrícola brasileira e tem sido responsável por impor restrições com a lei antidesmatamento, pois se a mercadoria de soja e carne bovina brasileira sejam oriundas de áreas desmatadas, terão a comercialização vetada.