No primeiro semestre de 2023, a Câmara de Cuiabá não aprovou nenhum projeto de lei que pode ser considerado “esdruxúlo” ou até mesmo inútil. Em 2023, até o momento, o único que pode ter a utilidade questionada é o “Dia do Pau-rodado”, apresentado pelo vereador Felipe Corrêa (Cidadania), aprovado em plenário e sancionado pelo Prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
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O termo “Pau-rodado” pode soar pejorativo, mas calma, há uma justificativa para a propositura. O autor da lei argumenta que a palavra integra o linguajar cuiabano e é utilizada para identificar de forma “carinhosa” todos aqueles que migraram para o município de Cuiabá a fim de fixar residência. Com a sanção, ficou instituído no calendário municipal o dia 10 de novembro.
No ano passado, o vereador Adevair Cabral (PTB), levou até o Legislativo Cuiabano a proposta para reconhecer o “Baguncinha” como patrimônio cultural e imaterial. O texto gerou um burburinho na cidade, no entanto, foi aprovado e o prefeito também sancionou. O objetivo era tornar o lanche um símbolo da cidade, assim como a farofa de banana e a peixe Pacu.
Outro texto que gerou fortes críticas foi a propositura do hoje ex-vereador, Toninho de Souza (PSDB , que em 2020, propôs o “Dia do Busólogo”, para aqueles que são estudiosos e “amantes dos ônibus”. A população que faz uso do transporte diariamente não gostou nada da ideia. O curioso, é que todos os projetos receberam o parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).
O debate sempre gira em torno da real vantagem que a população terá com propostas como essas. De forma rápida e simples, não há efeito prático, apenas desperdício de tempo com “criatividade” dos parlamentares.