CPI dos Atos Golpistas: presidente sugere que relatório final seja apresentado em 17 de outubro

O presidente da CPI dos Atos Golpistas, deputado Arthur Maia (União-BA), sugeriu nesta quinta-feira (24) que o relatório final da comissão seja lido no dia 17 de outubro – daqui a menos de dois meses.,
Arthur Maia propôs a data após informar ao plenário da comissão que a expectativa é ouvir mais 12 depoimentos. A lista inclui o general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo Lula, que deve comparecer à CPI na próxima quinta (31).
“Se a relatora puder ler o relatório dela no dia 17 de outubro, a gente faria a leitura do relatório no dia 17 de outubro e teríamos a outra sessão para o debate e votação do relatório. Esta é a minha ideia”, afirmou Maia.
A relatora da CPI é a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Caberá a ela apresentar o relatório com as conclusões da comissão e sugerir, por exemplo, o indiciamento de investigados.
Se aprovado, o relatório torna-se o documento definitivo da CPI. Se rejeitado, um dos parlamentares que votou contra assume a missão de elaborar um novo documento, que também é submetido a votação.
Quando a CPI foi instalada, Eliziane Gama afirmou que houve uma tentativa fracassada de golpe no país – o que foi criticado pela oposição, que viu na declaração uma espécie de relatório antecipado.
O próprio presidente da CPI, Arthur Maia, porém, também tem afirmado que os atos golpistas de 8 de janeiro não foram isolados e que a comissão precisa investigar os episódios anteriores que levaram à manifestação.
Ao longo do período de funcionamento, a CPI ouviu, por exemplo, um ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), militares e o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres.
A sessão
Durante a sessão desta terça, antes da proposta de Maia, a CPI aprovou cerca de 60 requerimentos apresentados pela relatora, pela base do governo e pela oposição.
Esses requerimentos preveem, por exemplo, a quebra de sigilos da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP); a reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro; e pedido de informações ao Exército sobre os militares que deveriam ter feito a segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.

Fonte

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *