Tenente-coronel Jean Lawand Júnior foi chamado após descoberta de mensagens entre ele e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Militar pode ficar em silêncio para não se incriminar. A CPI dos Atos Golpistas abriu por volta das 9h15 desta terça-feira (27) a sessão destinada a ouvir o tenente-coronel Jean Lawand Júnior.
O militar foi chamado a depor após a descoberta de mensagens entre ele e o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o também tenente-coronel Mauro Cid.
Essas mensagens constavam do celular de Cid, alvo de uma operação da Polícia Federal por suposta fraude no cartão de vacinas de Bolsonaro.
Nas mensagens, Lawand ele propôs a Mauro Cid, ainda em 2022, que Bolsonaro atuasse para que Forças Armadas impedissem posse de Lula (PT).
O tenente-coronel chegou a pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que pudesse ficar calado durante o depoimento à CPI.
Ao analisar o pedido, a ministra Cármen Lúcia, determinou que Lawand fosse à comissão, mas o autorizou a ficar em silêncio para não produzir prova contra si
Outros depoimentos
Ao longo das últimas semanas, a CPI ouviu os depoimentos de outras pessoas, entre investigadas e testemunhas.
Já foram ouvidos, por exemplo:
Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, suspeito de ter usado a estrutura da corporação para prejudicar eleitores de Lula no dia do segundo turno da eleição do ano passado;
Jorge Naime, ex-chefe de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, suspeito de omissão no dia dos atos golpistas;
Renato Carrijo, perito da Polícia Civil do DF que atuou no episódio da bomba encontrada em um caminhão nos arredores do aeroporto de Brasília às vésperas da posse de Lula.
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