cotações de algodão voltam a ser pressionadas com melhores climáticas nos EUA

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As incertezas diante dos problemas econômicos da China e as cotações de algodão, que voltaram a ser pressionadas a partir de quarta-feira (5) com melhores condições climáticas nos Estados Unidos, estão preocupando a cotonicultura brasileira e mundial.

As informações são do Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa, divulgado nesta sexta-feira (7).

Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa:

Algodão em NY – Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 79,88 U$c/lp (+1,1%) e o Dez/24 a 77,51 (+0,4%) para a safra 2023/24.

Basis Ásia (06/07), o Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 952 pts para embarque Out/Nov (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook).

Baixistas 1 – A China está enfrentando problemas econômicos, o que traz preocupações em relação à demanda do maior importador global de algodão.

Baixistas 2 – Depois de crescer a um ritmo maior do que o esperado no primeiro trimestre, a segunda maior economia do mundo perdeu força em abril-junho em um cenário de deflação, alto desemprego entre os jovens e fraca demanda externa.

Baixistas 3 – Segundo a consultoria Cotlook, o ano comercial 23/24 que começará em julho terá o menor volume de algodão americano vendido antecipadamente desde a safra 2015.

Altistas 1 – A relação de troca algodão-poliéster, que já foi próxima de 3×1, voltou para a faixa próxima de 2×1, o que beneficia o algodão. (A Index x China Poliéster).

Altistas 2 – O clima no hemisfério Norte ainda pode afetar as lavouras e a temporada de furacões ainda está para começar.

Austrália – Com a colheita chegando ao seu final, prevê-se uma safra apenas um pouco menor que a safra recorde do ano passado (1,2 milhão de toneladas), mas mantendo alta qualidade como característica.

EUA 1 – O relatório de área plantada 2023/24 do USDA chegou a 4,49 milhões de hectares, uma queda de 19,4% em relação à última safra e uma queda de 1,5% em relação às intenções de plantio de março.

EUA 2 – Apesar da menor área, o abandono nesta safra promete ser muito menor e as produtividades também podem mostrar uma melhora. Ano passado, o abandono de área ficou em 45% e este ano está projetado em torno de 16%.

EUA 3 – Deste modo, a produção dos EUA este ano pode chegar a 3,6 milhões de toneladas, segundo o USDA, 14% maior que o ano passado.

Paquistão – No Paquistão, a produção deve aumentar 51% em relação ao ano passado, que foi marcado pelas fortes inundações, para 1,2 milhão de toneladas. Se esta produção se confirmar, irá reduzir as necessidades de importação do país.

Índia – Na Índia, 7 dos 12,4 milhões de hectares já foram plantados. Com as chuvas de monções, que finalmente chegaram, o plantio deve acelerar.

China 1 – Em maio, a China importou 109,5 mil toneladas de algodão, representando um aumento de 30,30% em relação ao mês anterior e uma queda de 39,91% em relação ao ano anterior. EUA, Brasil e Turquia foram novamente os três principais fornecedores.

China 2 – Segundo a agência BCO, a área de plantio no país diminuiu para 2,82 milhões de ha, redução de 7,3% em relação ao ano anterior.

China 3 – A produção total diminuiu para 6,05 milhões de toneladas, redução de 10,8% em relação ao ano anterior, que foi de 6,8 milhões de toneladas.

Agenda – A China divulgará seus dados do PIB do segundo trimestre em meados de julho.

Brasil – Exportações 1 – O Brasil exportou 60,3 mil tons de algodão em jun/23. O volume foi 3,8% menor que o total embarcado em jun/22.

Brasil – Exportações 2 – No acumulado de ago/22 a jun/23, as exportações somaram 1,377 milhão de tonelada, queda de 17,2% com relação ao mesmo período da temporada passada.

Brasil – Colheita 2022/23 – Até o dia 07/07 foram colhidos: BA (16%), GO (18,8%), MG (18%), MS (11,5%), PR (95%), SP (86%), MT (3,2%), PI (35%), MA (9%). Total Brasil: 7,42 % colhido.

Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:

boletim abrapa 07 de julho de 2023

Foto: Abrapa

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