Coreia do Sul dispara tiros de aviso após soldados da Coreia do Norte atravessarem a fronteira


Segundo a agência Yonhap, incidente aconteceu no domingo (9). Há semanas, os dois países travam uma ‘guerra’ de balões, que levou à suspensão de um acordo para reduzir tensões militares na fronteira. Soldado perto da fronteira entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte em 5 de janeiro de 2022
Kim Hong-Ji/Reuters
Militares da Coreia do Sul afirmaram que dispararam tiros de aviso depois que alguns soldados da Coreia do Norte atravessaram a fronteira que separa os dois países no domingo (9). A informação foi divulgada nesta terça-feira (11) pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.
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A Coreia do Sul não informou o número de soldados norte-coreanos que violaram a demarcação militar na Zona Desmilitarizada (DMZ). Em um comunicado, os militares disseram que os soldados do país vizinho retornaram para o Norte assim que os disparos foram feitos.
O porta-voz do Exército da Coreia do Sul disse que as forças não consideraram a violação intencional, já que a região possui floresta densa, o que dificulta a identificação da linha da fronteira.
O incidente aconteceu em meio a uma escalada de tensões entre as duas Coreias, que atualmente trocam acusações e travam uma “guerra” sobre envio de balões.
Recentemente, a Coreia do Norte enviou centenas de balões com lixo e fezes para o Sul. No fim de maio, o governo de Pyongyang disse que a ação era uma retaliação ao envio de balões de ativistas sul-coreanos.
Já na quinta-feira (6), balões com dinheiro, pen-drives com música sul-coreana e panfletos com mensagens contrárias ao regime de Kim Jong-un viajaram da Coreia do Sul para o Norte. A ação foi promovida por ativistas, mas é desencorajada pelo governo sul-coreano.
O envio de balões entre os dois países levou a Coreia do Sul a suspender um acordo de 2018 para reduzir as tensões com a Coreia do Norte. Com isso, atividades militares foram retomadas na região de fronteira.
As duas Coreias estão tecnicamente em guerra, mesmo com um armistício assinado na década de 1950. O acordo de 2018 pretendia reduzir as tensões na península e evitar uma escalada militar, principalmente ao longo da fronteira.
O anúncio da suspensão do tratado enfureceu Pyongyang, que alertou que Seul estava criando uma “nova crise”. No entanto, a própria Coreia do Norte já havia congelado o acordo em 2023, após o lançamento de um satélite militar.
Na segunda-feira (10), o Exército sul-coreano afirmou que o Norte lançou mais de 300 balões com lixo. Entretanto, o vento prejudicou a ação de Pyongyang. Segundo as Forças Armadas, os artefatos contêm resíduos de papel e plástico, mas nada tóxico.
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