Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Ministério da Defesa decidiu não assinar o decreto que o governo Lula prepara para encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim).

Segundo integrantes da pasta, a decisão de acabar com o programa foi exclusiva de “política educacional” e, portanto, de responsabilidade apenas do Ministério da Educação (MEC).
Membros da Defesa afirmam que, quando foram procurados para ajudar na elaboração do decreto, a decisão já havia sido tomada pela pasta comandada por Camilo Santana.
Nas tratativas, além de pedir para remover a assinatura do ministro José Múcio, a Secretaria-Geral do Ministério da Defesa solicitou ao MEC que retirasse menções aos militares no texto do documento.
Com o movimento, o atual comando da Defesa busca se afastar da decisão do governo e, assim, evitar abrir um novo flanco de atrito na já sensível relação de Lula com os militares.
Atual comandante do Exército, o general Tomás Paiva dá o tom da distância que os militares tentam manter da decisão de acabar com o programa. De acordo com ele, o assunto não passou pela Força.
