Articulação política foi tema de jantar entre representantes do governo no Congresso realizado na casa do senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante discurso no Congresso em janeiro de 2023
Reuters
Líderes e vice-líderes do governo na Câmara e no Senado se reuniram nesta terça-feira (4) à noite para tratar da relação do Executivo com a base aliada no Congresso Nacional.
As conversas ocorreram durante um jantar, na casa do líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). Cerca de 25 parlamentares participaram.
“Foi uma ‘DR’ provocada. Para ouvir o que tem que ser feito para melhorar e reajustar a relação”, disse Randolfe à TV Globo.
No jantar, os integrantes ressaltaram que o governo deve fugir das chamadas pautas de costume. Além disso, houve uma reclamação geral sobre a comunicação do Palácio do Planalto com o Legislativo.
Segundo os líderes, o Executivo não tem conseguido comunicar “nem para dentro, nem para fora” as medidas que tem adotado.
Os lideres também se queixaram da falta de reconhecimento do Planalto. Fizeram um apelo para que os aliados que se expõem em defesa do governo tenham um tratamento diferenciado.
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Também houve críticas em relação aos ministros de Lula. Segundo os participantes do jantar, falta diálogo. Os líderes disseram que estão tendo dificuldades inclusive para serem recebidos pelos ministros dos próprios partidos.
Por fim, as lideranças avaliaram que o presidente Lula deve retomar, de fato, as conversas diretas com os parlamentares. Uma promessa que já foi feita pelo próprio presidente, mas ainda não cumprida.
A iniciativa do jantar ocorreu depois da derrota do governo em votações no Congresso, na semana passada, com votos de partidos da base aliada.
A ministra da Gestão, Esther Dweck, participou da primeira parte do encontro. Ela foi relatar o que o governo vem fazendo para desmobilizar movimentos grevistas nas áreas da Educação, Meio Ambiente e Saúde.
A participação da ministra foi citada com um exemplo dos problemas de comunicação do governo. Os parlamentares disseram que não estão municiados com argumentos para rebater as críticas da oposição em relação às paralisações.
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