As lavouras de trigo de inverno nos Estados Unidos avançaram significativamente na colheita, com 54% da área já colhida até o dia 30 de junho, em comparação aos 39% da média histórica. A condição das lavouras ainda a serem colhidas apresenta-se com 51% em boas a excelentes, 34% regulares e 15% entre ruins e muito ruins. Por outro lado, as lavouras de trigo de primavera estão em melhores condições, com 72% entre boas e excelentes, 24% regulares e apenas 4% entre ruins e muito ruins.
De acordo com dados da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), os preços do trigo no Brasil permaneceram relativamente estáveis no início de julho. No Rio Grande do Sul, a média fechou em R$ 68,67 por saco, enquanto os preços nas principais praças variaram entre R$ 67,00 e R$ 68,00. No Paraná, o preço médio manteve-se em R$ 75,00 por saco nas principais regiões.
A Emater do Rio Grande do Sul projeta uma redução de 12,8% na área plantada com trigo em relação a 2023. Mesmo assim, se as condições climáticas forem favoráveis, espera-se uma produção de 4,07 milhões de toneladas, comparada às 2,62 milhões obtidas na safra anterior, que foi frustrada. No Paraná, o plantio estava em torno de 96% no início de julho, com uma redução de 19% na área plantada em relação ao ano anterior. No entanto, com boas condições climáticas, espera-se uma produção de 3,8 milhões de toneladas, superando em 5% a safra do ano passado, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral).
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção total brasileira de trigo de 9,06 milhões de toneladas, contra 8,1 milhões na safra frustrada de 2023. Esses dados indicam uma expectativa de recuperação na produção de trigo, apesar das reduções nas áreas plantadas, ressaltando a importância das condições climáticas para alcançar esses resultados.