Cientistas se aproximam de plantas super adaptáveis

Um novo estudo internacional (que inclui cientistas chilenos e argentinos) sugere que, a partir da identificação de certos mecanismos moleculares, é possível desenvolver Plantas SuperAdaptáveis (SAP) com maior absorção de nutrientes em condições desfavoráveis, como baixas temperaturas. por centenas de culturas agrícolas em todo o mundo.

A agricultura atual apresenta um dos maiores desafios de seu tempo. Com uma população mundial que supera os 8 bilhões de habitantes e a produção de alimentos afetada pelos efeitos das mudanças climáticas -como a escassez de água- tem feito com que os cientistas se interessem cada vez mais em analisar como, a partir do estudo do desenvolvimento das plantas, se pode combater essa crise global. O pesquisador José Estévez e sua equipe são um dos principais grupos de cientistas a estudar justamente os fatores que regulam o crescimento de certas células nas plantas.

Como diretor do Núcleo do Milênio para o Desenvolvimento de Plantas SuperAdaptáveis (MN-SAP) da Agência Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (ANID) e pesquisador do Centro de Biotecnologia Vegetal da Universidade Andrés Bello (UNAB), estuda células com o tubo de forma denominado pelos radiculares, que nas raízes das plantas são responsáveis pela absorção de água e nutrientes, além de interagir com os microorganismos do solo. Uma das características peculiares dessas células é que elas podem expandir seu tamanho para várias centenas de vezes seu tamanho original.

“O stress causado pelas baixas temperaturas, após o stress devido à seca, é uma das condições mais desfavoráveis que podem afetar o crescimento das plantas, para além de afetar a distribuição geográfica das culturas. Particularmente, os pêlos radiculares são muito sensíveis ao ambiente ao redor da raiz e são capazes de sentir o estado nutricional e hídrico do solo, aumentando a superfície de absorção da raiz”, explica.



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