Cientistas desacreditam de físico que descobriu ‘fragmentos alienígenas’

Recentemente, o físico teórico israelita e professor de Harvard, Avi Loeb, disse que descobriu pequenos fragmentos esféricos de origem alienígena, coletados no fundo do Oceano Pacífico durante uma missão do Projeto Galileo. Mas parece que alguns cientistas não concordaram com as afirmações de Loeb, inclusive, muitos publicaram mensagens contestando as supostas descobertas de fragmentos alienígenas.

De acordo com uma publicação do jornal New York Times, o astrofísico Steve Desch disse que, conforme Loeb descreve em suas afirmações, o fragmento deveria ter sido incinerado ao entrar na atmosfera da Terra — ou seja, não deveria existir nada para ser coletado. Para o cientista, as alegações de Avi representam um verdadeiro colapso da revisão científica por pares, pois o israelita só deveria afirmar fatos após conseguir comprová-los por meio de métodos científicos.

O físico Avi Loeb mostra os 'fragmentos alienígenas' encontrados no Oceano Pacífico.O físico Avi Loeb mostra os ‘fragmentos alienígenas’ encontrados no Oceano Pacífico.Fonte:  Reprodução/Avi Loeb 

O físico de meteoros Peter Brown, da Western University, no Canadá, concorda com Desch e sugere que o cientista do Projeto Galilleo não deveria fazer alegações tão alarmantes sem uma análise mais completa. Brown comenta que muitos objetos interestelares acabam sendo ‘desconfirmados’ após uma medição mais completa.

“As pessoas estão cansadas de ouvir sobre as afirmações malucas de Avi Loeb. Está poluindo a boa ciência – confundindo a boa ciência que fazemos com esse sensacionalismo ridículo e sugando todo o oxigênio da sala. É um colapso real do processo de revisão por pares e do método científico. E é tão desmoralizante e cansativo”, disse Desch ao ser questionado sobre o suposto fragmento extraterrestre.

Fragmentos alienígenas no Oceano Pacífico

Loeb disse que, possivelmente, as pequenas esferas fazem parte de fragmentos de um “aparelho tecnológico alienígena com inteligência artificial” — os achados foram nomeados de IM1. A descoberta aconteceu em uma expedição realizada em Papua-Nova Guiné, em uma região a 1,7 quilômetros de profundidade do Oceano Pacífico. A instituição liderada pelo físico recebeu US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 7 milhões na cotação atual) para proporcionar a investigação.

Imagem detalhada de um dos pequenos fragmentos esféricos encontrados no fundo do Oceano Pacífico.Imagem detalhada de um dos pequenos fragmentos esféricos encontrados no fundo do Oceano Pacífico.Fonte:  Reprodução/Stein Jacobsen/Avi Loeb/Harvard University 

O cientista israelita aponta que, provavelmente, os fragmentos do IM1 são restos de um objeto interestelar, pois diferem de todos os 272 meteoros catalogados pela NASA. Além disso, o objeto caiu em uma velocidade altíssima, outra sugestão de que é de origem interestelar.

O professor de Harvard ficou mundialmente conhecido após publicar um estudo sugerindo que o objeto interestelar Oumuamua, detectado em meados de 2017, era um tipo de objeto alienígena. Na opinião do físico, o Oumuamua pode ser uma espaço-nave ou um tipo de lixo tecnológico deixado por extraterrestres.

“Encontrar mais pequenos fragmentos esféricos nos permitirá identificar o caminho do meteoro e potencialmente buscar um objeto grande que possa representar seu núcleo no final do caminho. Se tal objeto for recuperado, sua estrutura pode nos informar sobre seu propósito tecnológico e design”, diz Loeb.

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