Nesta terça-feira (16), durante um painel no Senado dos Estados Unidos, o CEO da OpenAI, Sam Altman, disse que a inteligência artificial (IA) generativa pode ser usada para a manipulação de eleições e que isso é preocupante. O executivo do ChatGPT acredita que é necessária uma regulamentação específica para limitar o uso de IAs e, assim, reduzir possíveis interferências em eleições políticas e fake news em todo o mundo.
O CEO da companhia afirmou que está preocupado com o futuro das IAs, principalmente, pelo risco que a tecnologia oferece às eleições presidenciais nos Estados Unidos. Por isso, Altman foi ao Senado para requisitar novas leis sobre o uso de inteligências artificiais, a fim de regulamentar as empresas de tecnologia e limitar o uso da IA.
“A OpenAI foi fundada com a crença de que a inteligência artificial tem o potencial de melhorar quase todos os aspectos das nossas vidas, mas também pode criar sérios riscos. Um dos meus maiores medos é que nós, esta indústria, esta tecnologia, causemos um dano significativo à sociedade. Se esta tecnologia for pelo caminho errado, pode ir muito longe… E queremos trabalhar com o governo para evitar que isto ocorra”, disse Altman no painel.
O CEO da OpenAI também sugeriu licenciamentos e testes das empresas que cogitam desenvolver modelos de IA no país.Fonte: OpenAI
O futuro da inteligência artificial
O lançamento do ChatGPT, e de outras ferramentas que utilizam inteligência artificial, como os geradores de arte Midjourney e Dall-E, despertou o interesse do público e de diversas empresas em todo o mundo. Desde então, dezenas de artes criadas por IA geraram dúvidas e enganaram a internet, como as supostas fotografias do Papa Francisco vestindo uma jaqueta branca e do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sendo preso pela Polícia de Nova York.
Altman comentou que uma IA pode persuadir e manipular as crenças de uma pessoa e que as empresas também devem ter o direito de não concordar que seus dados sejam usados para treinar IAs. Apesar de não apoiar a ideia de uma plataforma de IA com anúncios, ele diz que é melhor “nunca dizer nunca”, mas acredita que a melhor forma de disponibilizar um modelo é por meio de serviços de assinatura.
Além de causar desinformação, muitos críticos apontam que as IAs podem substituir diversas funções em diferentes áreas, como programadores, jornalistas e artistas digitais. Altman defende que todas as imagens geradas por IA recebam uma classificação clara informando que elas foram criadas por uma inteligência artificial, seja ela qual for.