Centenas de pessoas deixam o hospital Al-Shifa, o maior de Gaza


Autoridades do governo de Gaza, controlado pelo Hamas, disseram que os militares israelenses ordenaram a evacuação. Exército israelense nega a acusação. 12 de novembro de 2023 – Área improvisada de sala de cirurgia dentro do hospital Al Shifa, cercado por tropas israelenses na cidade de Gaza
hmed El Mokhallalati/via REUTERS
Centenas de pessoas foram retiradas neste sábado (18) do Al-Shifa, o maior hospital de Gaza, que abrigava mais de 2.000 pacientes, profissionais da saúde e refugiados da guerra entre Hamas e Israel no território palestino.
Autoridades do governo de Gaza, controlado pelo Hamas, disseram que os militares israelenses ordenaram a evacuação.
O exército israelense negou a acusação e afirmou que atendeu a um pedido do diretor do Al Shifa para expandir e ajudar em evacuações voluntárias por meio de uma “rota segura”. Segundo o exército, médicos e profissionais de saúde poderiam ficar para apoiar pacientes fracos demais para serem retirados.
Israel encontrou armas no hospital durante uma operação militar nesta semana e acusa o Hamas de manter no local uma base de operações. O grupo palestino nega.
De acordo com a ONU, ao menos 2.300 pacientes, profissionais da saúde e deslocados pela guerra estavam no hospital Al-Shifa, um grande complexo médico na zona oeste da Cidade de Gaza.
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O Exército israelense está revistando “prédio por prédio” do complexo hospitalar que, segundo Israel, abriga instalações do Hamas, em particular uma rede de túneis subterrâneos.
O movimento islamista palestino nega a acusação e afirma que Israel utiliza a alegação como pretexto para atacar o hospital.
O hospital está sem energia elétrica há vários dias e os diretores de departamentos afirmaram à AFP que dezenas de pacientes morreram porque os equipamentos pararam de funcionar.
O Hamas executou no dia 7 de outubro um ataque sem precedentes em território israelense que matou 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrou quase 240 reféns, segundo as autoridades israelenses.
As negociações para a libertação dos reféns acontecem com a mediação do Catar, mas Israel rejeita um cessar-fogo antes que todos sejam libertados.
Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, os ataques israelenses mataram mais de 12.000 civis palestinos, incluindo 5.000 menores de idade. Os números não puderam ser verificados de maneira independente.
O Exército israelense anunciou que 51 soldados morreram nos combates em Gaza.
De modo paralelo aos bombardeios, Israel, que prometeu “aniquilar” o Hamas, efetua operações terrestres desde 27 de outubro.
Instalações do hospital Al Shifa durante a operação terrestre israelense ao redor do hospital, na cidade de Gaza, em 12 de novembro de 2023
Reuters

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