Os preços da soja reagiram nesta semana nas principais praças do país. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o ritmo dos negócios também acelerou, ainda que envolvendo operações pontuais e aproveitando repiques de Chicago e do dólar, que encerraram a semana no positivo. Os prêmios também seguem firmes e favorecendo a movimentação.
Confira os preços da saca de soja na semana
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 124 para R$ 126
- Cascavel (PR): avançou de R$ 121 para R$ 127
- Rondonópolis (MT): alta de R$ 121 para R$ 123
- Porto de Paranaguá (RS): alta de R$ 129 para R$ 132
Os prêmios de exportação são positivos, o que ajudou na sustentação dos referenciais Fob.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro, os mais negociados, subiram 0,84% na semana, sendo cotados na manhã da sexta (23) a US$ 9,65 por bushel. O comportamento do mercado foi guiado por um movimento de compras técnicas, com os agentes aproveitando a queda recente – os contratos bateram nos menores níveis desde 2020 na semana passada para recompor carteiras.
Outro fator que colaborou para a elevação foi os bons números de exportação e anúncio de
vendas por parte dos Estados Unidos. Com a queda, o produto americano ganhou competitividade. Mas os fundamentos seguem baixistas. Com a colheita se aproximando, a sinalização é de que a safra americana bata recorde, ficando na casa de 1265 milhões de toneladas.
Nesta semana, o mercado acompanhou de perto a tradicional crop tour da Pro Farmer, com as amostras confirmando produtividade acima da média nos principais estados produtores americanos. O dólar comercial também subiu nesta semana na relação com real, favorecendo os negócios com a soja. A moeda americana tinha alta semanal de 2,22% até a manhã de sexta, na casa de R$5,59. Apesar da pequena melhora nesta semana, o cenário segue baixista para a soja.
Diante desse quadro, o analista e consultor de Safras & Mercado Luiz Fernando Gutierrez Roque, sugere que o produtor procure proteção nas ferramentas à disposição para garantir a melhor comercialização.
“E os produtores devem aproveitar as janelas de oportunidade, como a dessa semana, para negociar”, afirma.
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