Após ser repreendido pelo presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União Brasil), o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) divulgou nota de esclarecimento sobre a polêmica com a vereadora Maysa Leão (Republicanos).
Angelo VarelaALMT
Pela manhã, Botelho disse que Cattani errou ao não apagar a postagem quando a vereadora Maysa Leão o procurou relatando que estava sofrendo ameaças. No entanto, Cattani teria se negado a atendê-la.
“Na data 4 de setembro de 2023 a Vereadora Maysa Leão procurou a Presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso para se lamuriar do imbróglio com o deputado estadual Gilberto Cattani. Na ocasião, a vereadora disse mentiras ao presidente Eduardo Botelho, quando afirmou que entrou em contato com o deputado Cattani para solicitar a remoção do vídeo por conta de comentários de terceiros. Em verdade, Maysa deixou um comentário na publicação da rede social do deputado, e só”, diz trecho da nota enviada pelo parlamentar.
Cattani está sendo acusado de publicar o recorte de uma entrevista em que questiona Maysa sobre o que ela pensa a respeito de castração de estupradores.
Além disso, Cattani lembra que um projeto de lei sobre castração química foi apresentado pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). No entanto, defende o uso de facão para fazer a castração.
A vereadora diz que isso beira a barbárie e que o projeto de lei sobre castração química precisa ser analisado.
Segundo a vereadora, o recorte da entrevista publicado por Cattani nas redes sociais é tendencioso e insinua que ela está defendendo os estupradores. Maysa entregou pessoalmente ao deputado Botelho um pedido de providências sobre a conduta de Cattani.
Botelho pediu desculpas à vereadora e disse que viu o vídeo em questão, onde fica claro que Maysa não defendeu estupradores. Ainda admite que o recorte acaba dando uma interpretação errada sobre a fala da parlamentar.
Por isso, Botelho disse que Cattani errou ao não apagar a postagem quando a vereadora relatou estar sofrendo ameaças por conta da publicação. Também afirmou que, se for preciso, pedirá perícia nas redes sociais do deputado bolsonarista para compor a investigação na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa.