O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) defendeu o uso de “mão pesada” por parte do Estado, por meio da Segurança Pública, para frear a atuação das facções criminosas em Mato Grosso, citando como exemplo a necessidade de resposta à recente execução do sargento Odenil Alves, na terça-feira (28), em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Morada do Ouro, em Cuiabá, com um tiro na cabeça.
Thaís Fávaro
Informações preliminares dão conta de que Odenil foi atacado como forma retaliação a morte do faccionado do Comando Vermelho, Micael Oliveira Medeiros, vulgo Satã, no domingo (24), no bairro Jardim Vitória, também na Capital. Na avaliação de Cattani, as facções não podem ter influência sobre os cidadãos de nenhuma forma, pois roubam para si a competência do Estado de fornecer segurança e serviços sociais.
“Falta uma mão pesada contra o crime. Uma vez que nós vamos encarar uma briga entre facção e polícia, isso não existe. O que existe é o poder público, que mantém a lei e a ordem, e precisa manter a ferro e fogo. Nós não podemos admitir que exista um poder paralelo que tenha qualquer tipo de influência na nossa sociedade”, argumentou o parlamentar, em entrevista nesta quarta-feira (29).
Cattani sustentou que a polícia é mais organizada e que, por isso, deve estar à frente dos bandos criminosos. O enfrentamento e sufocamento ao crime deve ser feito com rigor, visando evitar casos como o ataque a sargento Odenil, destacou o parlamentar.
“Nós temos que eliminar essa ameaça que é o tal do crime organizado. Que organização é essa? Como que pode existir um crime organizado? Nós temos uma polícia organizada, que tem que pegar esses caras e botar na cadeia, é isso que temos que fazer. Chegamos ao cúmulo do absurdo um policial ser assassinado de uma maneira cruel e covarde, então, tem que ser reprimido isso ao máximo”, completou.
O comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Alexandre Mendes, deflagrou uma operação para identificar e localizar o autor do crime contra o sargento. Foram disponibilizados todos os grupamentos especializados e ostensivos, mas até o momento, não há informações oficiais sobre a identificação ou o paradeiro do criminoso.