É logico que não se pode incentivar atitudes como a de Daniel, porque, invariavelmente, quem chora é a família da vítima. Mas e se a sociedade, em vez de apontar os dedos para quem não pode se defender, canalizasse sua indignação em outro sentido: por que estamos obrigados a viver em um país onde há vastas áreas em que nosso direito de ir e vir equivale a uma sentença de morte? O que o governo do estado vai fazer para tomar aquele território em definitivo? Quais as medidas saneadoras estão sendo tomadas para resgatar a credibilidade da polícia, que é único remédio para evitar atitudes isoladas diante de um crime? Qual política pública está sendo implantada para quebrar a cadeia de receptadores (cuja pena é muito pequena)?