Brasil não precisa desmatar para aumentar produção, defende Fávaro | …

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), ressaltou o potencial brasileiro de produzir alimentos sem a necessidade de criar novas áreas, preservando os biomais, fortalecendo e garantindo a prática sustentável brasileira. A fala foi realizada nesta terça-feira (23), durante reunião do Observatório do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas do Poder Judiciário, no Conselho Nacional de Justiça.

De acordo com o ministro, atualmente, o país possui cerca de 160 milhões de hectares de pastagens, em  processo de degradação e áreas antropizadas, que podem e devem cumprir um novo papel na produção de alimentos. Deste total, 25% teriam a capacidade real de reaproveitamento.

“[Estudos] mostram que temos mais 40 milhões de hectares muito propícios para produção de alimentos. O que significa isso? Que não precisamos desmatar mais”, disse.

Carlos Silva/ Mapa

Ministro Carlos F�varo e Barroso no CNJ

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (à dir), o presidente do STF e do CNJ, ministro Luis Roberto Barroso (centro) e o presidente eleito do STJ, ministro Herman Benjamin (à esq.)

“O Brasil vai continuar sendo protagonista mundial e vai intensificar a produção de alimentos. Não podemos deixar de lado a nossa grande vocação, mas não precisamos fazer sobre a floresta, cerrado e os biomas preservados”, emendou.

Além disso, valorizou a eficiência dos produtores e dos maquinários utilizados, atrelado com a alta tecnologia, no entanto, frisou que nada seria possível sem o principal ativo do país, a condição climática, que favorece e potencializa o país no mapa de produção de alimentos  – conhecido como o celeiro do mundo. 

“O clima é o nosso maior ativo. A sustentabilidade é a garantir de que o Brasil vai continuar sendo um grande gerador de alimentos. E onde há alimentos, não tem fome e a gente consegue ter paz. Cada dia menos encontraremos pessoas que ousem negar as mudanças climáticas, cada vez mais difícil achar alguém que consigam negar, e nós não podemos ficar inerte a esse grande problema mundial”, destacou.

O observatório climático tende a orientar o Judiciário na condução de processos que envolvam questões ambientais no país.

“Não há antagonismo entre a produção de alimentos e o respeito ao meio ambiente, ao contrário […] A iniciativa de criar esse observatório e trazer especialistas para debater esse tema e dar ao judiciário caminhos para combater os crimes ambientais e com isso buscar a sustentabilidade e respeito ao meio ambiente, é louvável”, completou.



Fonte