O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (UB), disse que os incêndios florestais que assolam o Pantanal mato-grossense desde o mês de setembro foi agravado nos últimos dias por uma falha generalizada dos poderes Executivo e Legislativo que não tomaram providências para evitar novos focos. O presidente culpa até mesmo a população por não ter cobrado mais das autoridades.
“Nós deixamos acontecer novamente essa queimada no Pantanal. Acho que foi uma falha generalizada, não diria só do Governo, mas a Assembleia também falhou, e a população também, porque devia cobrar mais. Foi uma falha que serve de alerta. Depois que queima tudo aí a gente dizer: ‘Ah, nós temos que arrumar’. Pelo amor de Deus, gente. Nós temos um Observatório, que foi criado dentro da Assembleia, que falhou também”, disse o presidente à imprensa nesta terça-feira (21).
Thiago Bergamasco/TCE-MT
Botelho se refere ao incêndio de grandes proporções que tomou conta do Pantanal mato-grossense no ano de 2020, quando aproximadamente 17 milhões de animais morreram queimados, de acordo com um estudo publicado pela Scientific Reports.
Já neste ano, de janeiro a novembro, já foram queimados 1 milhão de hectares do bioma; número é 3 vezes maior que em 2022. Só nos primeiros 14 dias de novembro, foram registrados 2.387 focos de incêndio no bioma.
No último dia 14, o Governo de Mato Grosso publicou um decreto de emergência ambiental em decorrência dos incêndios florestais no Estado. A partir da publicação, o Estado pode buscar apoio do governo federal para reforçar as ações de combate.
As queimadas atingem várias áreas, entre elas, o Parque Estadual Encontro das Águas (berço das onças), o Parque Nacional do Pantanal e a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dorochê, além do Acuri e Sararé. Áreas na região de Cáceres também são afetadas.