Sonhando em ser prefeito de Cuiabá, o atual presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União Brasil), admitiu a possibilidade de deixar o União Brasil para viabilizar seu projeto eleitoral para as eleições do próximo ano, mas diz que aguarda uma discussão futura dentro do partido ou ser oficialmente descartado pela cúpula para tomar uma decisão.
Botelho disputa internamente na sigla com o secretário-chefe da Casa Civil e deputado federal licenciado, Fábio Garcia, para se tornar o candidato do grupo. Fábio já tem o apoio declarado do governador Mauro Mendes para a disputa. O chefe do Executivo é o atual presidente estadual do União Brasil.
Rodinei Crescêncio/Rdnews
Em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (27), Botelho destacou os convites recebidos de outros partidos, mas salientou que a decisão será tomada apenas no futuro. Por enquanto, segue militando a favor do união Brasil.
“Enquanto eu estiver dentro do União, vou continuar trabalhando dentro [do partido]. Agora, sair é uma possibilidade que existe, sim, mas ainda não foi discutido. Eu ainda vou continuar tentando construir dentro do partido”, argumentou.
O presidente da Assembleia Legislativa tem sido cortejado por vários partidos na Capital, que enxergam no político uma grande oportunidade para alcançarem o Palácio Alencastro. No entanto, o deputado alegou que vai esperar a sua sigla atual tratar do assunto ou ser escanteado pela liderança.
“Eu recebi vários convites, PSD, Republicanos, MDB e PSB. Essa discussão nós vamos fazer lá na frente, a menos que haja alguma mudança, algum atropelo ou me empurrem para fora”, frisou.
Apesar da indefinição dentro do União Brasil, o arco de aliança de Botelho é mais forte e, caso tenha seu projeto eleitoral abafado por uma decisão superior, deixará o partido podendo arrastar nomes de peso, como os deputados estaduais Júlio Campos, Dilmar Dal Bosco e Sebastião Rezende, além do senador Jayme Campos.