Bolsonaro estava em casa de Angra com Tercio Arnaud durante operação da PF, diz advogado


O ex-presidente estava com seu ex-assessor Tércio Arnaud Tomaz. Decisão de Moraes manda Bolsonaro entregar passaporte em investigação sobre tentativa de golpe para mantê-lo no poder. Tercio Arnaud Tomaz ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro em imagem de arquivo.
Reprodução/DFRLab
A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta quinta-feira (8) cumprindo mandados autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de medida cautelar que pede a retenção de passaporte para evitar a saída do país.
Segundo o advogado Luiz Eduardo Kuntz, que representa Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”, o ex-presidente estava com ele na casa de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ).
Procurada pelo blog, a defesa de Bolsonaro confirmou a ordem. Em publicação no X, antigo Twitter, Fabio Wajngarten, advogado do ex-presidente, também se manifestou:
“Em cumprimento às decisões de hoje, o Presidente Jair Bolsonaro entregará o passaporte às autoridades competentes. Já determinou que seu auxiliar direto, que foi alvo da mesma decisão, que se encontrava em Mambucaba, retorne para sua casa em Brasília, atendendo a ordem de não manter contato com os demais investigados”.
Casa em Angra Casa em Angra dos Reis (RJ) onde Jair Bolsonaro realizou uma live nas redes sociais no domingo (28)
Isabelle Magalhães/TV Rio Sul
Tércio, que também é alvo da operação, teve o celular apreendido. De acordo com Kuntz, na operação anterior, que investigou a Abin Paralela, o aparelho e um tablet de Tércio já haviam sido levados.
Kuntz disse que já fez uma petição solicitando acesso imediato aos elementos de prova.
“Meu cliente está preso e ter cesso aos autos é fundamental para que possamos tomar as providências cabíveis”, falou ao blog.
Operação mira Braga Netto, Heleno, Valdemar e outros
Braga Netto, Augusto Heleno, Valdemar Costa Neto, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres e Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira
g1
A Polícia Federal deflagrou uma operação Tempus Veritatis nesta quinta-feira (8) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e ex-assessores dele investigados por tentar dar um golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva.
Os alvos de ordem de prisão são:
Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;
Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro;
Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército;
Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.
Os três primeiros foram presos nesta manhã. Já Bernardo Romão Corrêa Netto está nos Estados Unidos. A PF vai comunicar o comando do Exército para que ele se apresente em solo brasileiro.
Veja quem são os alvos da operação que mira Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado
De acordo com a PF, os investigados divulgaram informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro para tentar legitimar uma intervenção militar.
O grupo se dividiu em dividiu em dois eixos.
O primeiro era voltado a construir e propagar informações falsas sobre uma suposta fraude nas urnas, apontando “falaciosa vulnerabilidade do sistema eletrônico de votação”, que continuou mesmo após o resultado da eleição, segundo a PF.
O segundo eixo praticava por sua vez, praticava atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito – ou seja, para concretizar o golpe. Essa etapa, de acordo com as investigações, tinha o apoio de militares ligados a táticas e forças especiais – os chamados kids preto.
De acordo com as investigações, se confirmadas, as condutas do grupo podem ser enquadradas em crimes como organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
São 16 militares alvos nesta operação, incluindo membros das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”. As tropas existem desde 1957, segundo o próprio Exército.
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