Os deputados estaduais Max Russi (PSB) e Gilberto Figueiredo (União Brasil), integrantes da base do Governo, defendem a tomada de empréstimo pelo Executivo de US$ 180 milhões, aproximadamente R$ 900 milhões na cotação atual, junto ao Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), sob o argumento de que Mato Grosso fez seu dever de casa e tem boa saúde financeira para fazer investimentos. Deste montante, US$ 100 milhões devem ser destinados à Secretaria de Educação (Seduc) e US$ 80 milhões à Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf).
Max pontuou que Mato Grosso passou por um ajuste fiscal aplicado na primeira gestão do governador Mauro Mendes (União Brasil), pagando dívidas, enxugando gastos e aumentando a arrecadação. Desta forma, é “justo” buscar investimentos após ter feito a lição de casa, além da oportunidade de parcelas a longo prazo e juros baixos.
“[Projeto] muito bom, investimento na Agricultura Familiar e na Educação, é muito bom para o estado de Mato Grosso buscar financiamento. A gente já fez o dever de casa, pagamos muito das nossas dívidas, pagamos dívida do VLT e nada mais justo do que buscar recurso a longo prazo, com taxas boas, para poder melhorar a educação e a agricultura do Estado”, disse.
Montagem/Reprodução
Nesta segunda-feira (15), Gilberto avaliou que os investimentos são necessários, além da capacidade que o Estado possui para “absorver” o financiamento sem atrapalhar as contas. Ele acredita que os demais parlamentares aprovarão o projeto após ouvirem o Secretário de Fazenda, Rogério Gallo, que vai prestar esclarecimentos nesta quarta-feira (17).
“[O empréstimo é uma] iniciativa do Governo do Estado de investir de forma substancial na Educação e [na Agricultura Familiar]. É um Estado que tem capacidade financeira de absorver esse empréstimo e na quarta-feira o secretário Gallo vai à Assembleia para dar mais informações. Tenho certeza que os deputados irão compreender a necessidade do Governo investir, para crescer, para desenvolver e melhorar o Estado”, endossou.
Gallo vai à ALMT
O projeto de lei que autorizava a tomada de empréstimo sofreu pedido de vista do deputado Wilson Santos (PSD). O parlamento ainda aprovou o requerimento do deputado Lúdio Cabral (PT), para que o Secretário de Fazenda, Rogério Gallo, compareça à Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (17), para prestar esclarecimentos. A convocação acabou sendo convertida em “convite”.
Caso seja aprovado o empréstimo, o Governo terá carência de 5 anos para começar a pagar, ou seja, a conta só será paga a partir da próxima legislatura e deve levar mais de 20 anos para ser quitada.