Atirador de boate gay é sentenciado à prisão perpétua nos EUA


Levado a julgamento, autor do atentado que deixou cinco mortos no Colorado em 2022 declarou-se culpado pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio. Ataque a tiros em boate LGBT+ deixou mortos e feridos no Colorado, EUA
Geneva Heffernan/g1
O atirador que matou cinco pessoas ao abrir fogo no ano passado em uma casa noturna LGBTQIA+ no Colorado, Estados Unidos, foi sentenciado à prisão perpétua nesta segunda-feira (26).
O homem, de 23 anos, admitiu a culpa pelas mortes e por atentar contra a vida de outras 46 pessoas, além de não refutar duas acusações de crime motivado por preconceito.
A sentença, que exclui a possibilidade de liberdade condicional, é fruto de um acordo judicial firmado com promotores estaduais para poupar parentes das vítimas e sobreviventes do atentado de um processo longo e doloroso nos tribunais.
“Você atentou contra um grupo de pessoas por elas simplesmente existirem”, afirmou o juiz Michael McHenry. “Como tantas outras pessoas na nossa cultura, você escolheu encontrar poder naquele dia atrás de um gatilho de uma arma. Suas ações refletem a mais profunda maldade do coração humano, e a maldade quase sempre nasce da ignorância e do medo.”
Antecedentes
O condenado cometeu o atentado quase um ano após ser preso por ameaçar os próprios avós, estocar armas e jurar se tornar “o próximo assassino em massa”.
A denúncia acabou sendo arquivada após a mãe e os avós dele se negarem a cooperar com a promotoria e prestar depoimento. Liberado, ele continuou estocando armas mesmo após ter parte de seu arsenal apreendido pelas autoridades.
Atentado
Em 19 de novembro de 2022, esse homem invadiu uma casa noturna LGBTQIA+ , o Club Q, na cidade de Colorado Springs, e abriu fogo contra o público usando um rifle semiautomático, matando cinco e ferindo outros 25, parando apenas após ser detido por uma pessoa que frequentava a casa.
O atentado, executado na noite em que o clube festejava o Dia Internacional da Memória Transgênero – celebrado oficialmente no dia seguinte, 20 de novembro –, pesou sobre a comunidade LGBTQIA+.
A data é justamente dedicada à lembrança de vidas trans perdidas para a violência transfóbica, e o Club Q tinha a fama de ser um porto seguro.
O episódio se soma a uma longa história de ataques a locais LGBTQIA+ nos EUA, o mais mortal tendo matado 49 pessoas em uma boate em Orlando, Flórida, em 2016.

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