Há duas semanas, russos lançaram nova ofensiva contra a segunda maior cidade ucraniana. Na sexta-feira (24), Zelensky, presidente da Ucrânia, havia afirmado que situação estava sob controle, mas território foi novamente atacado na manhã deste sábado (25). Rússia ataca Kharkiv, na Ucrânia, e incendeia hipermercado
A Rússia atacou mais uma vez a segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, na manhã deste sábado (25). Um hipermercado em uma área residencial pegou fogo (veja vídeo acima), e ao menos um civil morreu, de acordo com o governador regional Oleh Syniehubov. Outras quatro pessoas ficaram feridas.
As novas ofensivas russas na tentativa de conquistar Kharkiv começaram há duas semanas, no início de março, e aparentemente haviam sido interrompidas pelo exército da Ucrânia na sexta-feira (24).
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou que mais de 200 pessoas poderiam estar na loja. “Até o momento, sabemos que mais de 200 pessoas poderiam estar dentro do hipermercado”, afirmou o presidente no Telegram.
“As forças de defesa ucranianas pararam as tropas russas no setor de Kharkiv e estão realizando ações contraofensivas”, chegou a dizer o coronel Igor Projorenko, oficial do Estado-Maior ucraniano.
Poucas horas depois, no entanto, houve o ataque à região do hipermercado.
Além de ser a maior cidade depois da capital Kiev, Kharkiv é também um importante centro industrial e científico da Ucrânia, além de ter se tornado um dos símbolos da resistência na guerra. Uma eventual vitória russa na região teria um grande peso no contexto geral do conflito.
Rússia ataca região residencial de Kharkiv, na Ucrânia
Valentyn Ogirenko/Reuters
Rússia x Ucrânia
Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra, think tank dos Estados Unidos que monitora diariamente as frentes de batalha dos principais conflitos ativos no mundo, a situação na Ucrânia neste momento é a seguinte:
As forças russas têm avançando principalmente nos arredores de Kharkiv, com incursões no norte e nordeste da cidade, e estão perto de conquistá-la;
No leste, a posição atual da Rússia, de dominação de quase toda a região, permite que tropas do país escolham “múltiplas direções” para avançar até Avdiivka, em Donetsk;
Fora da Ucrânia, o Kremlin tem investido em uma campanha contra países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), utilizando interferências no GPS e sabotando infraestruturas logísticas militares.
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