Apuração sobre recolhimento de VI na Câmara uniu o PT, avalia Edna | …

 A vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), que teve liminar favorável suspendendo seu processo de cassação na Comissão de Ética da Câmara, onde responde por suposta quebra de decoro pelo recolhimento da verba indenizatória destinada a sua ex-chefe de gabinete, avaliou que a cúpula do Partido dos Trabalhadores se uniu e saiu fortalecida do processo investigatório. O escândalo foi revelado com exclusividade pelo .

Edna disse que recebeu suporte das principais lideranças no Estado, como o presidente estadual Valdir Barranco, o deputado estadual Lúdio Cabral e a ex-federal, Rosa Neide. Para ela, o processo investigatório foi motivado pelo fato do PT se articular para as eleições municipais do próximo ano, com claro intuito de atrapalhar o projeto da esquerda na Capital, que pleiteia o Palácio Alencastro.

“O PT se uniu, se fortificou e se fortaleceu nesse processo. O PT é um grande partido e continuará sendo um grande partido aqui em Cuiabá e em Mato Grosso. Eu não tenho que reclamar das nossas lideranças. Eu sei muito bem o que significa esse processo e tem a ver também com o PT, e com a possibilidade de nós elegermos um prefeito ou uma prefeita nas próximas eleições”, argumentou a petista, nesta segunda-feira (21), em coletiva no Legislativo Municipal.

Rodinei Crescêncio/Rdnews

Edna Sampaio e Julier Sebasti�o

​O processo contra Edna entrava em fase final, tendo relatório aprovado na Comissão de Ética por unanimidade pela perda do mandato e avalizado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação, restando apenas ser submetido ao Plenário da Casa. No entanto, na sexta-feira (18), Edna obteve liminar suspendendo todos os trabalhos relativos ao seu processo.

Conforme trecho da decisão, houve um “atropelo” no rito processual ao serem ouvidas as testemunhas “antes mesmo de se oportunizar a parte impetrante de indicar as provas que pretendia produzir”.

“À vista do exposto, defiro a liminar vindicada, para determinar a suspensão do PAD nº 22.704/2023, até o julgamento do mérito do presente mandamus. Cumpra-se a liminar, expedindo-se, com urgência, o necessário, inclusive através de oficial plantonista”, diz trecho da decisão.

A Comissão alega que concedeu todo tempo hábil para a petista, além de ter cumprido todo o rito. De acordo com o procurador-geral da Câmara, Marcus Brito, houve transparência no caso, e certamente, vai recorrer da liminar que suspendeu o processo de cassação.

Caso

A denúncia que culminou na investigação contra Edna trata do recolhimento da Verba Indenizatória (VI) de sua ex-chefe de gabinete, Laura  Abreu, em pelo menos quatro transferências, que totalizaram R$ 20 mil. 

Pressionada, em troca de mensagens de WhatsApp, Laura reconheceu o compartilhamento dos prints para uma pessoa de confiança, mas que não havia sido ela a responsável pelo vazamento: “Eu enviei esses prints para uma pessoa que eu acreditava ser da minha confiança. Essa pessoa é de dentro do PT”.

Laura, que comandou o Gabinete de Edna até o ano passado, ao invés de ficar com a VI mensal de R$ 5 mil para cobrir despesas de sua função, era cobrada para transferi-la para uma conta que tem a vereadora como titular. E assim procedeu, ao menos durante quatro meses, de setembro a dezembro do ano passado – conforme documentos publicados.



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