Lançado nos Estados Unidos no início de fevereiro, o Apple Vision Pro fez sucesso entre os consumidores e vendeu bastante nos primeiros dias, mas apresentou uma redução “significativa” na demanda, em seguida. É o que revelou o analista Ming-Chi Kuo na quarta-feira (28).
De acordo com ele, a queda nas vendas do headset da Apple também levou a uma diminuição no tempo de espera pela entrega do produto. Se quem comprou o dispositivo no início da pré-venda precisou aguardar mais de um mês para tê-lo em mãos, agora o envio não demora mais do que três a cinco dias.
No momento, o headset da Apple só está à venda nos Estados Unidos.Fonte: Getty Images/Reprodução
Apesar do recuo na demanda, Kuo acredita que a gigante de Cupertino conseguirá superar suas estimativas iniciais de vendas do óculos de realidade mista com uma pequena folga. Ele prevê a comercialização de 200 mil a 250 mil unidades do aparelho até o final de 2024, quando a expectativa variava entre 150 mil e 200 mil dispositivos, há algumas semanas.
Para o analista, a principal medida que a fabricante precisa tomar se quiser melhorar os números é reduzir o preço do Apple Vision Pro, que custa a partir de US$ 3.499, o equivalente a R$ 17.399 pela cotação do dia, em conversão direta. Disponibilizar funcionalidades mais atraentes seria outro caminho a seguir, na sua opinião.
Taxa de devolução dentro da média
Nos últimos dias, surgiram notícias mostrando que muitos compradores estavam devolvendo o Vision Pro por variados motivos, como a dificuldade de adaptação a ele. Mas conforme Kuo, a taxa de retorno atual do headset é inferior a 1%, ficando dentro do esperado pela marca.
Outro dado mencionado no relatório é que uma parte significativa das devoluções, entre 20% e 30%, se refere a clientes que não conseguiram configurar os óculos. Dessa forma, optaram por enviar o aparelho de volta à loja e solicitar o reembolso do valor pago.
Ainda segundo o analista, a Apple deve lançar o Vision Pro em outros países antes da edição 2024 da Worldwide Developers Conference (WWDC), prevista para o mês de junho. No entanto, a disponibilidade em alguns mercados pode ser afetada pelo tempo de espera para a certificação das agências reguladoras locais.