Apple não poderá limitar velocidade de cabo USB-C não certificado, diz UE

A Comissão da União Europeia (UE) emitiu um aviso para a Apple sobre uma possível restrição nos cabos USB-C. Rumores apontam que a fabricante do iPhone pretendia usar um chip de autenticação dentro de seus aparelhos para limitar a velocidade de carregamento e transmissão de dados em cabos não certificados pela empresa.

A partir de dezembro de 2024, o bloco econômico tornará padrão os cabos USB-C para todos os dispositivos eletrônicos, como celulares, tablets, câmeras digitais, fones de ouvido, alto-falantes portáteis e teclados. A medida pretende ser uma solução mais eficiente e econômica para os consumidores, evitando a compra de cabos diferentes para cada aparelho.

A Apple usa seu próprio conector de carregamento Lightning desde 2012. Em março, um analista da indústria de tecnologia afirmou que a empresa vai otimizar o desempenho de carregamento rápido dos carregadores com certificação MFi para o iPhone 15.

Em resposta aos boatos, o comissário europeu Thierry Breton enviou uma carta à Apple alertando que limitar a funcionalidade dos cabos USB-C não seria permitido. Em caso de descumprimento da regra, as vendas de iPhones na UE podem ser proibidas quando a lei entrar em vigor.

Padronização de carregadores de celular no Brasil

Se depender de legisladores, o único carregador poderá ser usado em vários dispositivos.Se depender de legisladores, o único carregador poderá ser usado em vários dispositivos.Fonte:  Getty Images/Reprodução 

No Brasil, uma proposta similar a lei europeia também pretende padronizar os carregadores de smartphones. O Projeto de Lei (PL) 2643/22 prevê que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) certifique apenas os celulares com o padrão USB-C, com o objetivo de reduzir o lixo eletrônico e gerar economia para os consumidores.

O PL tramita em caráter terminativo no Senado. Isso significa que, caso seja aprovada pelas comissões temáticas, a proposta pode virar lei sem a necessidade de votação dos parlamentares. O texto prevê a padronização a partir de julho de 2024.

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