Nesta semana, a Apple anunciou um acordo multibilionário com a Broadcom para a produção de chips 5G nos EUA. A movimentação faz parte da estratégia da empresa para reduzir a dependência da cadeia de suprimentos da China.
Devido à relação conturbada entre os países, a Maçã sofre pressão dos legisladores americanos para limitar o amplo processo de fabricação na China. Além disso, as políticas chinesas na pandemia e os problemas nas fábricas da Foxconn afetaram a logística da marca nos últimos anos.
Diante da disputa comercial entre EUA e China, a Apple iniciou um amplo investimento na produção doméstica de componentes. Segundo a marca, serão gastos US$ 430 bilhões para fomentar a infraestrutura 5G nos EUA nos próximos cinco anos.
CEO da Apple, Tim Cook planeja lançar um iPhone com todos os componentes produzidos nos EUA.Fonte: GettyImages
Grande parte desse valor será destinada à produção de semicondutores em território americano. Além do acordo com a Broadcom, o CEO Tim Cook revelou a fabricação de chips na instalação da taiwanesa TSMC no Arizona a partir de 2024.
A Apple tem 48 fábricas de dispositivos nos EUA, sendo que mais de 30 estão situadas na Califórnia. Entretanto, esse número é apenas uma fração da produção global, considerando que a maior parte está concentrada na China.
Diversificando a produção
Diversificando a cadeia de suprimentos, a marca tem aberto novas fábricas na Índia e no Vietnã desde 2017. Então, a big tech transferiu parte da produção de produtos, como iPhones e Macbooks, para as instalações nos países asiáticos.
Presidente dos EUA, Joe Biden liberou US$ 50 bilhões de incentivos para produção doméstica de chips.Fonte: GettyImages
O governo americano também tem atuado para que as empresas de tecnologia se tornem menos dependentes da China. Em dezembro de 2022, o presidente Joe Biden liberou US$ 50 bilhões em incentivos para investimentos na produção doméstica de semicondutores.