O ex-policial militar Élcio Queiroz, que confessou participação na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), não relatou em sua delação premiada o nome do mandante do crime, relataram à CNN investigadores com acesso ao caso.
No trecho da colaboração que se tornou público, Queiroz afirma que, segundo Lessa, o crime foi cometido por uma questão “pessoal”. Mas o surgimento de novos personagens e a conexão deles com Lessa é, agora, o foco da investigação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio, que trabalham para chegar aos mandantes e aos motivos que levaram Marielle a ser morta.
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Os anexos ainda sigilosos da delação de Élcio Queiroz trazem novas informações sobre as conexões de Ronnie Lessa com outros criminosos e sobre os negócios tocados pelo ex-policial militar. É com base nesses depoimentos que a PF quer entender melhor qual a conexão de Lessa com os supostos “intermediários”, pessoas que teriam feito a ligação entre o mandante e o ex-policial militar.
O foco agora é sobre Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, sargento da PM e apontado na delação como o responsável por passar a “missão” da morte de Marielle a Ronnie Lessa. Ele foi assassinado em 2021 em crime até hoje não esclarecido.
Nas palavras de um investigador, Macalé era “um homem de vários senhores”, ou seja, prestava “serviço” para diversos criminosos do Rio de Janeiro, inclusive para milícias com atuação nas zonas norte e oeste da cidade.
A PF trabalha para encontrar evidências de que ele e Lessa mantinham uma relação frequente, e a partir dela, avançar sobre o possível mandante do crime.