Os deputado federais de Mato Amália Barros (PL) e Coronel Assis (União Brasil) estão entre os 44 parlamentares da oposição que entregaram Procuradoria Geral da República (PGR) um pedido de impeachment contra o ministro da Justiça, Flávio Dino.
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Segundo os congressistas, Dino teria cometido crime de responsabilidade ao não fornecer as imagens internas do prédio do Ministério da Justiça no 8 de Janeiro.
Dino enviou à CPI do 8 de Janeiro só as imagens que foram preservadas por serem consideradas importantes pela Polícia Federal (PF ).
As demais, que segundo a PF não serviriam para o inquérito sobre os atos extremistas, foram excluídas, seguindo procedimento comum.
“Há fortes indícios de que Flávio Dino atuou de forma ativa a fim de apagar as imagens das câmeras de monitoramento, com o intuito de não apresentá-las para as autoridades competentes, praticando o crime, em tese, de fraude processual”, afirma o pedido de impeachment da oposição.
O pedido de impeachment é encabeçado pelo deputado federal Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP). Segundo ele, a conduta de Flávio Dino “permitiu que se perpetrassem crimes contra a segurança interna” do Ministério da Justiça e do próprio Governo Federal.
Imbróglio
Ocorre que em 1º de agosto, a CPI deu 48 horas para Flávio Dino enviar as gravações internas e externas do prédio do Ministério da Justiça no 8 de Janeiro.
Flávio Dino foi então ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu autorização para liberar as imagens ao colegiado.
Luiz Nova/Especial Metrópoles
Seis dias depois, em 7 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes autorizou o compartilhamento de imagens internas e externas do Ministério da Justiça. As imagens foram enviadas para a CPI.
Congressistas questionaram o fato de arquivos de só duas câmeras terem sido encaminhados. Para a oposição, o envio foi “parcial” e não respeitou aquilo decidido pela CPI
O pedido de acesso às imagens do órgão foi aprovado na CPI em 11 de julho, depois de uma derrota de congressistas aliados do governo, que eram contra a aprovação do requerimento.
Em 13 de junho, um pedido sobre o mesmo assunto já havia sido rejeitado pela CPI. (Com informações do Poder 360)