O prefeito eleito por Sorriso (a 397 km de Cuiabá), Alei Fernandes (União Brasil), e seu vice, Acácio Ambrosini (União Brasil), foram empossados, na noite de sábado (14), para a gestão 2025-2028. O evento aconteceu no Centro de Eventos Sorriso (Clube Sorriso). “Hoje, diante da minha família, assumo um compromisso de batalhar ainda mais pelo desenvolvimento de Sorriso”, disse Alei em discurso.
A antecipação da solenidade – que geralmente acontece em 1º de janeiro – está prevista na lei orgânica do município, após a aprovação de uma emenda, proposta em outubro deste ano, logo após a vitória de Alei. O texto foi aprovado pelo Legislativo em três votações – sendo a última em 25 de novembro. Mesmo que já estejam empossados, os novos gestores só assumem o cargo em janeiro.
“Com muita honra e gratidão, passo a faixa ao prefeito eleito Alei Fernandes. Que essa nova gestão traga ainda mais progresso para nossa cidade!”, deseja prefeito Ari Lafin (PSDB), que está prestes a encerrar seu mandato e é aliado do novo prefeito.
Ney Pinheiro/Romalo Bessa
Alei Fernandes e Acácio Ambrosini empossados prefeito e vice-prefeito.
Nova Mesa Diretora
Durante a solenidade também foi eleita a nova Mesa Diretora da Câmara de Sorriso para o biênio 2025-2026. Atual vice-prefeito, Gerson Luiz Bicego (PL) será o novo presidente.
Diretoria terá ainda Rodrigo Desordi Fernandes (Republicanos) como vice-presidente; Diogo Maldaner Picoli (PSDB) como 1º secretário e Adir Cunico (Novo) como 2º secretário.
Supostos crimes eleitorais
Apesar da posse, Alei responde a duas ações que podem culminar na cassação de seu mandato. Uma delas foi proposta por Leandro Damiani (MDB), adversário derrotado à Prefeitura de Sorriso.4
Ele ingressou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra Alei Fernandes para apurar um suposto caso de abuso de poder econômico, caixa 2 e compra de votos durante a campanha nas eleições de 2024. O pedido foi protocolado no início de dezembro, junto a 43ª Zona Eleitoral de Sorriso, pelo advogado José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça e um dos principais eleitoralistas do Brasil.
Entre os pedidos formulados por José Eduardo Cardozo estão a cassação do registro de Alei e do vice Acácio e a consequente inelegibilidade pelo período de 8 anos. Além disso, requereu a aplicação de multa. Damiani chegou a tentar impedir a posse, mas pedido foi negado pela juíza da 43ª Zona Eleitoral de Sorriso, Emanuelle Chiaradia Navarro Mano.
Já o Ministério Público Eleitoral, por meio da promotoria da 43ª Zona Eleitoral de Mato Grosso, ingressou com representação eleitoral o gestor eleito e seu vice por suposto crime de caixa 2 e recebimento de doações ilícitas nas eleições deste ano. No mérito da representação, assinada pelo promotor eleitoral Márcio Florestan Berestinas, o MP requer à Justiça a cassação de Alei e Acácio. Os dois casos seguem tramitando na Justiça Eleitoral.