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Flávia Moretti tem aval de Bolsonaro, de deputados e da cúpula do PL
A advogada Flávia Moretti, que presidiu a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seccional Várzea Grande por 12 anos, se filiou ao PL e tem se colocado como pré-candidata a prefeita. Declaradamente de direita e bolsonarista, afirma ser o nome de mudança que a cidade precisa para deixar de lado a “velha política”.
Neste sentido, Flávia Moretti criticou o atual prefeito, Kalil Baracat (MDB), por “maquiar” os problemas da cidade em pleno eleitoral. Porém, promete lutar até o fim para derrotar o emedebista nas urnas.
Ela relembrou o problema crônica da cidade, que é a falta d’água e avaliou que mesmo com a entrega da Estação de Tratamento de Água (ETA) Barra do Pari. Segundo Flávia Moretti, a tendência é que o problema persista porque o real entrave está na distribuição devido a encanamentos velhos e não na captação.
Flávia Moretti também criticou o prefeito por querer passar a impressão de que solucionou as mazelas da cidade. A bandeira que tem sido levantada pelos aliados de Kalil para o fortalecimento do projeto de reeleição.
“Eles resolvem inaugurar ETA em ano eleitoral para falar que está dando água para Várzea Grande. Resolveu pintar o terminal depois que eu fui em um podcast falar dos problemas. Resolveram pintar agora, dar uma maquiada na Várzea Grande. Até quando nós vamos aceitar com maquiagem? Maquiagem na hora que chove, borra e na hora que seca, fica craquelenta e quebra. Então, não tem jeito, precisamos dar um basta. Se o várzea-grandense quiser, vai ter opção”, argumentou Flávia Moretti, em entrevista ao .
Entre as principais demandas das cidade, além da distribuição de água, Flávia Moretti cita a saúde e o transporte público precário que é ofertado aos cidadãos e trabalhadores. Ela alfinetou o emedebista, apontando ainda eventual falha na administração pública, que mesmo tendo recebido uma oportunidade para governar, atua como espécie de “gerente da cidade”, cuidando para os “donos”.
“A gente deu chances para os Campos voltarem, a Lucimar [esposa do Jayme Campos] voltou e ficou um mandato. Deu chance para o Kalil, que é o gerente [do município], segundo o Tião da Zaeli [presidente do PL e desafeto da Família Campos]”.
“A gente começa com água, saúde e transporte público. Necessariamente a nossa cidade está um caos em todos os pontos e situações, até propriamente administrativa. Temos problemas diversos, não tem como não olhar para o município e não falar: a gente precisa ter uma virada de chave. Então coloquei meu nome à disposição. Moro na cidade há 24 anos e tenho histórico de atuação”, emendou.
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A liberal aposta todas suas fichas na força da cúpula PL no estado e na onda bolsonarista, que sustenta o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. Flávia Moretti também não soube precisar quais serão os eventuais partidos aliados no pleito, mas assegurou que sua base será consistente.
“Sou um nome de direita, acho que hoje não dá para ficar em cima do muro. É um nome de direita, eu venho sim com o apoio de toda a bancada mato-grossense do PL e a nível nacional também, com o apoio do Bolsonaro, da Michelly [ex-primeira-dama] e do Valdemar Costa Neto [presidente nacional]. Então, eu sou sim, o nome de mudança”, endossou.
Por fim, Flávia Moretti destacou que tem se reunido com possíveis pré-candidatos ao cargo de vereador para fortalecer o projeto. A meta é enfraquecer a base e o poderio que a Família detém na cidade. O senador Jayme e deputado estadual, Júlio Campos, ambos do União Brasil, entendem que para um projeto ser de sucesso, tem de ter o “selo” da Família Campos, ou seja, candidatos que não pertencem ao seu grupo, certamente, naufragarão.