A equipe do Gabinete de Intervenção, rebateu às acusações do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), após o gestor denunciar à Assembleia Legislativa que existe indícios de má administração dos recursos da Saúde, que resultaram em um suposto rombo de R$ 183 milhões.
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Danielle Carmona, interventora na Saúde de Cuiabá, está na gestão da Pasta desde março, quando o Tribunal de Justiça decretou a intervenção no setor
Por meio de nota, o Gabinete do Intervenção repudiou às declaração do prefeito e afirmou que o emedebista vive em um “mundo de fantasias” e de “completo devaneio” para fazer acusações que classifica como “infundadas”.
A nota reforça ainda que o posicionamento de Emanuel Pinheiro tenta apenas criar uma “cortina de fumaça”. Além disso, reforça que, mesmo com os ataques, “seguirão trabalhando com seriedade, em favor da população que depende do atendimento público”.
Emanoele Daiane
Emanuel Pinheiro, acompanhado por Juca do Guaraná, entrega denúncia a Botelho na AL
“O gabinete considera ser mais uma das falácias do prefeito, que tenta esconder o mar de lama em que se encontra sua gestão, principalmente, na saúde, que já foi alvo de oito operações policiais, que culminaram na prisão de três secretários municipais de Saúde. Enquanto o prefeito perde tempo com devaneios, a equipe de intervenção trabalha”, diz trecho do documento.
Emanuel Pinheiro afirma que, destes R$ 183 milhões, cerca de R$ 126 milhões foram pagos sem contabilização, sem empenho e sem liquidação, levando a crer que os recursos foram pagos sem contrato. Outros R$ 46 milhões são de déficit de dívidas acumuladas em 5 meses de gestão da Intervenção na Saúde e outros R$ 10 milhões de retenções não pagas de tributos da União.
Cuiabá perdeu o controle da Saúde após determinação do Tribunal de Justiça de Mato Gross (TJMT), a pedido do Ministério Público Estadual (MPE). A nota elenca todas as ações que o grupo de trabalho tem executado na pasta da Saúde.
Leia, abaixo, a íntegra da nota
O Gabinete de Intervenção Estadual na Saúde de Cuiabá repudia a irresponsabilidade do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, ao fazer acusações infundadas, nesta quarta-feira (06.09).
A intervenção foi decretada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em março deste ano, após pedido do Ministério Público do Estado, que apontou diversas irregularidades na saúde da capital, como falta de médicos e de medicamentos nas unidades de saúde.
O gabinete considera ser mais uma das falácias do prefeito, que tenta esconder o mar de lama em que se encontra sua gestão, principalmente, na saúde, que já foi alvo de oito operações policiais, que culminaram na prisão de três secretários municipais de Saúde.
Enquanto o prefeito perde tempo com devaneios, a equipe de intervenção trabalha. Prova disso são as seguintes entregas:
• Mais uma UPA para atendimento à população no Jardim Leblon;
• Milhares de cirurgias sendo realizadas por mês;
• Reativação das salas de vacinação e garantia de vacinas nas unidades;
• Implantação do serviço de hemodinâmica no Hospital São Benedito;
• Restabelecimento do serviço de raio-x nas upas;
• 27 leitos de UTI reabertos nos hospitais municipais;
• Farmácias de todas as unidades de saúde abastecidas com estoque para 30 dias;
• Implantação da central de biópsias;
• Regularização dos débitos trabalhistas da Secretaria Municipal de Saúde: salário, férias, rescisões, plantões extras e prêmio-saúde pagos rigorosamente em dia;
• Convocação e nomeação de 221 médicos aprovados no concurso.
Além disso, o Gabinete de Intervenção está fazendo a implantação do Centro Médico Infantil, fará reforma de 30 unidades de saúde e está negociando com as empresas com quem a prefeitura tinha pendências para que as obras abandonadas de unidades básicas de saúde sejam retomadas.
A equipe de intervenção tomará todas as medidas cabíveis contra as acusações mentirosas feitas pelo prefeito.