'Festa da Selma': PF prende oito suspeitos de incentivar atos golpistas na web; veja postagens


Segundo a PF, há mandados em BA, DF, GO, PB, PR e SC. Nova fase da Lesa Pátria mira suspeitos de fomentar ‘Festa da Selma’, codinome usado por golpistas para organizar os atos. A Polícia Federal cumpre 16 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva nesta quinta-feira (17) em uma nova fase da operação Lesa Pátria. O foco, mais uma vez, são suspeitos de incentivar os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
Segundo a PF, há mandados em Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, Bahia e no Distrito Federal. As ações foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Até as 7h10, 8 dos 10 alvos de prisão preventiva já tinham sido detidos – 2 no Distrito Federal, 2 em Goiás, 2 em Santa Catarina, 1 na Paraíba e 1 no Paraná. Os nomes dos alvos não tinham sido divulgados.
‘Festa da Selma’
De acordo com a Polícia Federal, o grupo alvo dos mandados desta quinta é suspeito de ter fomentado o movimento violento chamado “Festa da Selma” – um codinome usado pelos golpistas para se referir aos atos terroristas.
“O termo ‘Festa da Selma’ utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos”, diz a PF.
“Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído”, prossegue a descrição dos investigadores.
No dia 15 de janeiro – uma semana após os atos que depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e a sede do STF –, o Fantástico mostrou que os extremistas usavam esse termo “Festa da Selma” em trocas de mensagens em grupos golpistas. Relembre abaixo:
Terrorismo em Brasília: Fantástico refaz a cronologia da barbárie dos atos golpistas de domingo (8)
Os presos da operação
A TV Globo apurou que um dos presos é o pastor Dirlei Paiz, de Blumenau (SC). Em redes sociais, ele aparece em fotos ao lado de Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e com placas pedindo “intervenção federal”.
Pastor Dirlei Paiz, preso pela PF, em imagem com Jair Renan Bolsonaro
Redes sociais/Reprodução
No Distrito Federal, a PF prendeu Isac Ferreira, que se apresenta em redes sociais como “gerente” e vende cursos.
Em pelo menos dois posts na rede social X (Twitter), ainda disponíveis, Isac usa o termo “Festa da Selma” em referência aos atos golpistas. Veja:
Isac Ferreira, preso pela PF, cita ‘Festa da Selma’ em posts sobre os atos golpistas de 8 de janeiro
X/Reprodução
Em Goiânia, foi presa a cantora gospel Fernanda Ôliver – que ficou conhecida por cantar em acampamentos bolsonaristas ilegais montados em frente a quartéis-generais do Exército após as eleições.
Na Paraíba, a PF prendeu Rodrigo Lima, que se apresenta nas redes sociais como “gestor público”. Ele também publicou mensagens em redes sociais falando da “Festa da Selma”, dias antes dos atos golpistas de 8 de janeiro. Veja:
Postagens de Rodrigo Lima, preso pela PF por envolvimento nos atos golpistas, citando ‘Festa da Selma’
X/Reprodução
O ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou a operação em uma rede social.
“Polícia Federal executando hoje mais mandados judiciais relativos às investigações sobre os atos golpistas perpetrados em 8 de janeiro. Justiça necessária para que atuem as funções repressivas e preventivas que o Direito Penal exerce”, escreveu.

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