Geada e ciclone a caminho

Nesta quarta-feira (26/07) seguimos com um padrão de tempo característico do inverno, apesar das temperaturas muito acima da média na parcela central do Brasil. As chuvas seguem concentradas nas extremidades, como no sul, leste e norte do país, ao mesmo tempo que a parcela central tem a atuação do bloqueio atmosférico – região de alta pressão.

Nas lavouras, essa condição de tempo seco, vem contribuindo com as operações de colheita, especialmente do milho, trigo – onde já se iniciou as atividades – e do algodão. Por outro lado, as chuvas um pouco mais persistentes no sul e leste do Brasil, vem limitando os trabalhos em campo, como a finalização da semeadura do trigo (sul) e a colheita do café (sudeste e nordeste).
 
E tanto a região sul, quanto o leste do país, terão mais um dia de chuvas. No sul, as chuvas avançam, impulsionadas por um ciclone extratropical no oceano. Já na costa do sudeste e nordeste, são os ventos oceânicos que mantêm o padrão de chuvas intermitentes. 

Em relação às temperaturas, o dia começa com marcas amenas entre a metade sul da Bahia até Minas Gerais e nos três estados do sul. Mas sem perspectivas de frio de inverno. No período da tarde o calor será forte no centro norte do país, onde os termômetros podem passar dos 36°C com índices de umidade beirando os 20%. 

Próximos dias com queda nas temperaturas

Na próxima madrugada (27), com o deslocamento do ciclone em direção ao alto mar, uma massa de ar frio vai adentrar o sul do Brasil, derrubando as temperaturas e trazendo condições de geadas em áreas do sul e leste do Rio Grande do Sul. No amanhecer de sexta  (28), as chances de geadas são menores, mas  novamente na noite do dia 28 e madrugada de sábado (29), as condições de geadas voltam a ser mais expressivas no sul do Rio Grande do Sul. 

Veja o mapa e a previsão por região na sequência

Região Norte
A massa de ar seco que atua na região central do Brasil, avança de forma mais expressiva para o norte da região norte, fazendo com que as chuvas fiquem concentradas numa faixa muito restrita entre o norte do Amazonas, Roraima, Baixo Amazonas no Pará e Amapá. Em todos os demais setores, a previsão é de tempo seco e muito quente. Condição que vem favorecendo o avanço da colheita do milho no Pará e Tocantins, bem como o café em Rondônia. 

Região Nordeste
Os ventos oceânicos seguem garantindo um padrão de chuvas intermitentes no leste da Bahia e Sergipe, por mais que nesta quarta exista uma sinalização de redução nos volumes. Essa diminuição das chuvas também é observada ao norte do Maranhão e nordeste do nordeste. Já no interior da região, o período da tarde será marcado pelo forte calor, baixa umidade e aumento nos focos de incêndio. 

Região Centro-Oeste
Apesar de grande parte da região ter o predomínio de tempo seco e quente, alguns setores do extremo sul do Mato Grosso do Sul podem receber chuvas no período da noite e próxima madrugada. Durante a tarde o calor será forte em Aquidauana (MS), São Miguel do Araguaia (GO) e Alta Floresta (MT). No Mato Grosso, os termômetros podem se aproximar dos 37°C, com índices de umidade perto ou abaixo dos 20%. Essa condição vem contribuindo com a maturação e operações de colheita das lavouras mais adiantadas. Porém, traz severas limitações para a polinização, em função do elevado estresse térmico e hídrico.

Região Sudeste

O tempo chuvoso segue como padrão no leste da região sudeste. Áreas próximas de Itaperuna (RJ),  Alegre (ES) e Ipatinga (MG), devem registrar acumulados entre os 7 e 20 mm ao longo desta quarta. As chuvas estão limitando as operações nas lavouras de café, tanto nas atividades de colheita como na secagem e armazenamento do grão. Já o interior da região, enfrenta uma condição adversa em relação aos baixos índices de umidade e as temperaturas elevadas. 

Região Sul

A atuação de uma frente fria associada a um ciclone no oceano, traz condições de chuvas fortes nesta quarta-feira no sul do Brasil. Os índices de instabilidade apontam para chances de queda de granizo em setores do norte e leste do Rio Grande do Sul, abrangendo áreas da região metropolitana de Porto Alegre. Até o final do dia, essa frente fria avança para Santa Catarina e Paraná, levando a condições de chuvas e diminuindo o intenso calor. 

Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Seane Lennon.*



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