A franquia Guitar Hero fez bastante sucesso desde que foi lançada, em 2005, para o PlayStation 2. Muito desse sucesso aconteceu por conta da trilha sonora bem selecionada, além das mecânicas de jogo e possibilidade de utilizar um instrumento de plástico para executar todas as notas.
A jogabilidade aqui é bem simples: basta observar as notas que passam pela tela, sobre os indicadores coloridos, e pressionar os botões da guitarra de plástico (ou do controle) no momento certo para “tocar” a música.
Diversos games da série foram lançados posteriormente obedecendo essa mecânica e trazendo relativo sucesso nas plataformas em que foram publicados. Com isso, uma pergunta que fica no ar é: o que aconteceu com a franquia Guitar Hero?
Entendendo o sucesso
Quando chegou às lojas em 2005, Guitar Hero trouxe aproximadamente 30 músicas de artistas variados, porém nenhuma delas contava com o áudio original. Isso chegou a gerar desconfiança em muitos fãs do gênero, já que tanto a execução dos instrumentos quanto os áudios eram regravados por bandas contratadas para essa finalidade.
Nessa época, muitas pessoas não tinham dinheiro para conseguir a guitarra de plástico (o kit contendo o instrumento e o jogo era caro para os padrões de muitas pessoas). Isso levou boa parte dos jogadores a se arriscar com o controle do PlayStation 2 — ainda que isso diminuísse muito da experiência original.
Entretanto, o lançamento da continuação em 2006 foi estrondoso, fazendo com que Guitar Hero 2 se tornasse um fenômeno entre os jogadores em poucos meses. A essa altura, um número maior de pessoas contava com a famigerada guitarra de plástico, o que ajudou muitos a se sentirem verdadeiros reis do rock ao som de clássicos como Sweet Child O’ Mine (do Guns n’ Roses) e YYZ (do Rush).
Vários outros jogos foram lançados posteriormente, e você confere a relação dos Guitar Hero para consoles a seguir:
- Guitar Hero (2005)
- Guitar Hero II (2006)
- Guitar Hero Encore: Rocks the 80s (2007)
- Guitar Hero III: Legends of Rock (2007)
- Guitar Hero Aerosmith (2008)
- Guitar Hero World Tour (2008)
- Guitar Hero: Metallica (2009)
- Guitar Hero: Smash Hits (2009)
- Guitar Hero 5 (2009)
- Guitar Hero: Van Halen (2009)
- Guitar Hero: Warriors of Rock (2010)
- Guitar Hero Live (2015)
Desafinando na melodia
Entretanto, no meio desse caminho a Activison foi surpreendida com o lançamento de um concorrente de peso: Rock Band. Apesar a proposta levemente parecida, o rival vinha com a possibilidade de permitir até quatro pessoas interagindo na música (sendo guitarra, baixo, bateria e vocal), o que chamou a atenção de muita gente.
Isso, juntamente com o fato de termos um número muito grande de lançamentos em um curto espaço de tempo (basta observar que, entre 2007 e 2010, tivemos nove games da série Guitar Hero), fez com que a série fosse deixada de lado pelo público. Sem ter muito onde inovar e com licenças de música custando o olho da cara, a Activision cancelou a série.
Troca de empresas
Ao longo de sua existência, o público pode perceber algumas mudanças na franquia Guitar Hero, seja em sua produtora ou na empresa responsável por seus direitos.
Uma das mais sentidas possivelmente foi quando a produção da série passou da Harmonix para a Neversoft. Isso aconteceu na transição do segundo para o terceiro game, e o motivo é bem simples: o estúdio inicial de Guitar Hero passaria a trabalhar em Rock Band, seu principal concorrente.
Mesmo com a saturação de games musicais que aconteceu na indústria dos games até a década de 2010, ainda há pessoas que esperam por um novo jogo do gênero a qualquer momento. Ao menos do lado da Harmonix isso parece pouco provável, já que atualmente ela está trabalhando em conjunto com a Epic Games, sua atual detentora, em títulos como Fornite.
“Nós vamos trabalhar com a Epic para mais uma vez desafiar expectativas na medida em que levamos nossa experiência única de jogos de música para o metaverso — e não poderíamos estar mais empolgados”, diz o comunicado oficial da Harmonix no período da aquisição, em novembro de 2021.
Microsoft é a luz no fim do túnel?
Quem está de olho nas notícias certamente está acompanhando a saga da compra da Activision Bizzard pela Microsoft. A essa altura, essa mudança poderia representar algum tipo de interesse em um novo Guitar Hero para as plataformas da geração atual, algo que inclusive chegou a ser discutido durante o processo de compra.
“Phil [Spencer] e eu começamos a falar sobre algumas coisas para o futuro. […] Eu queria fazer um novo Guitar Hero por um tempo […] e tinha uma visão bem bacana para o que poderíamos ter no novo Guitar Hero, mas depois percebi que não teríamos recursos para tornar isso real”, comentou Bobb Kotick, diretor-executivo da Activision Blizzard.
Ainda que até o momento nada tenha sido anunciado de maneira oficial, tal mensagem já serve como um indicativo de que a Activision não esqueceu da sua série de sucesso. E a pergunta que fica no ar é: o que será que Kotick pensou como novidade para a franquia?
O futuro para Guitar Hero ainda parece incerto, mas possivelmente promissor. Afinal, um legado com mais de 25 milhões de cópias vendidas mundialmente é algo a ser considerado para uma franquia.
E você, tem boas memórias com a série Guitar Hero? Qual é o seu título favorito? Compartilhe sua opinião com os demais leitores do Voxel utilizando nossas redes sociais.