Mayke Toscano/Secom-MT
O governador Mauro Mendes (União Brasil), rebateu o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, que teceu críticas ao projeto de lei denominado de Transporte Zero. Segundo Mauro, o ministro provavelmente foi mal informado sobre a verdadeira motivação do texto e pontuou não temer uma judicialização.
“Ele devia saber que [a pesca esportiva] gera mais emprego, emprego mais qualificado. Deveria saber que os peixes do rio de Mato Grosso, segundo vários estudos, estão acabando. Todos os pescadores sabem disso. Agora, talvez ele não tenha recebido corretamente essas informações, mas nós vamos ter oportunidade de colocar ele a par de informações corretas”, iniciou o governador, na segunda-feira (10), durante abertura da 55º Expoagro.
O gestor destacou ainda que o objetivo do texto é evitar a extinção de várias espécies, além de reconhecer que haverá um ganho econômico para o Estado ao incentivar a pesca esportiva por meio do turismo pesqueiro.
“Eu lamento que o ministro venha aqui [criticar], tem que conhecer um pouco mais a realidade do estado de Mato Grosso. Ele deve ter visto o maior festival de pesca esportiva, não foi o maior festival de pesca predatória. O que nós queremos é acabar com a pesca predatória, fico contente que o ministro tenha visitado nosso estado, ele é bem-vindo”, disse ele.
André esteve na cidade de Cáceres (a 214 km de Cuiabá) no último sábado (8), ao lado do deputado Wilson Santos (PSD), o mais empenhado contra o projeto, ouvindo pescadores e frisando que ele e o presidente Lula (PT) estarão ao lado da categoria. Na cidade também ocorreu o 39º Festival Internacional de Pesca Esportiva (FIPE).
No entanto, para Mauro, a proibição do transporte, comercialização e armazenamento de pescados no estado está dentro da legalidade, sendo assim, não teme judicialização da medida. Ele destacou ainda que o direito ao contraditório é válido e todos têm o direito de procurar a justiça, seja ministro ou não: “Qualquer cidadão [pode judicializar]. Não precisa ser ministro não, pode discordar e fazer o que acha necessário”.