Governo da Holanda cai por não conseguir fechar acordo para controlar imigração


Mark Rutte, vai renunciar porque não conseguiu negociar um acordo sobre medidas para controlar a imigração, informou a agência de notícias holandesa ANP na sexta-feira (7). Mark Rutte, primeiro-ministro da Holanda, em imagem de maio de 2019
Piroschka van de Wouw/Reuters
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, vai renunciar porque não conseguiu negociar um acordo sobre medidas para controlar a imigração, informou a agência de notícias holandesa ANP na sexta-feira (7).
O gabinete de Rutte disse que ele realizará uma reunião de emergência, mas não confirmou o colapso do governo, que não é majoritário, mas, sim, de coalizão.
Rutte é do Partido Conservador, que quer limitar o fluxo de solicitantes de asilo para a Holanda. No entanto, há outros quatro partidos que formam a coalizão no Parlamento que garante uma maioria de votos no Legislativo, e dois desses partidos se recusam a apoiar a proposta.
Nesta semana, Rutte exigiu que os outros países dessem apoio a uma proposta para limitar a entrada de filhos de refugiados de guerra que já estão na Holanda –na prática, as famílias de pais refugiados de outros teriam que esperar pelo menos dois anos antes de se reunir no país.
Essa última proposta fez com que o partido União Cristã decidisse deixar a coalizão governamental, e foi isso que desencadeou a crise.
Imigração no país
A política de imigração na Holanda já é uma das mais rigorosas da Europa, mas Rutte vinha tentando encontrar maneiras de reduzir ainda mais o fluxo de estrangeiros que solicitam asilo.
No ano passado, o número de pedidos de asilo subiu cerca de 33% e chegou a mais de 46 mil. Pelos cálculos do governo, neste ano o número deve passar de 70 mil.
Os conservadores do partido de Rutte afirmam que haverá uma demanda muito grande para poder acomodar essas pessoas (no ano passado, centenas de refugiados tiveram que dormir na rua, sem acesso a água, durante alguns meses).
No ano passado, Rutte afirmou sentir-se envergonhado com os problemas, depois que o grupo humanitário Médicos Sem Fronteiras enviou uma equipe à Holanda pela primeira vez para ajudar nas necessidades médicas dos imigrantes no centro de processamento de pedidos de asilo.
Ele prometeu melhorar as condições nas instalações, principalmente reduzindo o número de refugiados que chegam à Holanda. No entanto, ele não conseguiu obter o apoio dos parceiros de coalizão, que consideraram que suas políticas iam longe demais.
Igreja na Holanda está fazendo cultos seguidos para impedir deportação de refugiados

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