O deputado estadual Gilberto Cattani (PL), suspeito elo com invasão de terras quando era presidente da Associação Geral da Agricultura Familiar do Pontal do Marape, em Nova Mutum, se defendeu das alegações e disse que “não vê a hora” de ser convocação para prestar esclarecimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na Câmara Federal. “Quero que me façam perguntas para eu falar quem realmente são os invasores”, disse à imprensa.
Os irmãos Fábio e Fabiano Aparecido Brésio afirmam que Cattani, junto com a Arnaldo José Pozzebon, supostamente atuou na invasão de terras no Assentamento Pontal do Marape, em 2019. O requerimento para que o deputado estadual seja ouvido na CPI do MST partiu do deputado federal Capitão Alden (PL-BA), no entanto, o documento ainda precisa ser aprovado na comissão.
Segundo o parlamentar, na época ele apenas fez a indicação da pessoa que poderia ocupar o lote. “Eu era presidente da associação quando uma pessoa deixa o lote e tem um pretendente o presidente da associação faz a indicação, indicando que a pessoa pode ocupar o lote, só isso, nada mais que isso”, disse à imprensa nesta quarta-feira (21).
Opositor ferrenho ao MST, Cattani aproveitou a oportunidade para afirmar que o verdadeiro inimigo da Reforma Agrária é o MST.
“Eu não vejo a hora de ser convocado e mostrar para todo o Brasil que o MST não tem nada a ver com reforma agrária. Quando se fala em reforma agrária nesse país lembram do MST, isso é mentira, é uma das maiores falácias […] Eles são os maiores inimigos da reforma agrária”, pontuou.