A menos de dois meses para o fim do segundo mandato como prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), defendeu os feitos da sua administração. O emedebista salientou que “o tempo é senhor da razão” e mostrará o legado da “Era Emanuel Pinheiro” que, por ora, vive sob ataques que, em sua opinião, são classificados como eleitoreiros, mentirosos e eivados de contaminação, com o claro intuito de deturpar a visão do cidadão cuiabano.
Rodinei Crescêncio
Em conversa com , Emanuel ressaltou a sua paixão pelo Poder Executivo e valorizou os servidores, que são as pessoas que executam, na prática, os ordenamentos da administração. Nestes oito anos, sustenta que Cuiabá se encontra totalmente avançada e diferente da que herdou em 2016, do prefeito à época, Mauro Mendes (União Brasil), que hoje é governador do Estado.
“Com essa equipe que escolhi, de primeiro e segundo escalão, e esses servidores públicos extraordinários, vários mãos ajudaram a transformar Cuiabá. Você olha Cuiabá do dia 1º de janeiro de 2017, há oito anos, e olha a Cuiabá de hoje, vai ver uma cidade transformada. No momento de muitas paixões e interesses políticos, partidários e eleitorais, tentam embaçar a vista da população, mas o tempo, que é o senhor da razão, vai mostrar o que significou o período, a ‘Era Emanuel Pinheiro’ e toda sua equipe na Prefeitura de Cuiabá”, disse.
“Legislativo é maravilhoso, servir as pessoas, mas o Executivo é realizador. Uma lua de mel”
Emanuel atuou por dois mandatos como vereador por Cuiabá e mais quatro como deputado estadual, sendo mais de 20 anos somente no Poder Legislativo, e mais quase 8 anos como prefeito. Questionado sobre qual dos poderes foi mais instigantes, Emanuel optou pelo Executivo, citando que, tem sido uma “eterna lua de mel”. Ele lamentou o fim da jornada, e confessou que tem se preparado emocionalmente para se “desprender”.
“É um desafio [ser prefeito]. Tudo é maravilhoso. Legislativo é maravilhoso, servir as pessoas, mas o Executivo é realizador. Uma lua de mel. Estou com a mesma alegria e empolgação de 7 anos e 10 meses atrás. Não mudou nada, só uns cabelos brancos e um pouco mais velho, mas o resto não mudou. A minha alegria de cada entrega, seja a mais simples ou a mais imponente, eu me empolgo do mesmo jeito”, sinalizou.
Diante da escolha do gestor sobre a preferência pelo Executivo, onde deixa de ser fiscalizador e passa a ser o executor de obras, foi questionado sobre quais seriam os feitos que queria realizar e não conseguiu e se havia arrependimentos. Em resposta, avaliou que não possui arrepedimentos, mas sim, obras que poderiam ter sido melhor desempenhadas. Também citou outras que gostaria que fossem concluídas, como o emblemático Contorno Leste, que vai interligar a região do Distrito Industrial até a MT-251, estrada que dá acesso a Chapada dos Guimarães.
“Arrependido, não. Mas se eu pudesse fazer diferente [não sei]. São tantas coisas, vou até pensar o que faria melhor. Claro que tudo pode ser melhorado, tudo que a gente entrega. Por exemplo, essa obra aqui, no Horto Florestal, sempre tem um gosto de quero mais, tudo pode ser melhor. Todas as obras que entreguei poderiam ser melhores, mas eu não sei te responder [qualquer maior acerto ou maior erro da gestão]. Talvez uma que eu queria ter feito, um viaduto sobre o Trevo do Shopping Pantanal, eu tentei muito fazer e a conclusão do Contorno Leste, que vou deixar quase pronto”, pontuou o emedebista.
Rodinei Crescêncio
Por fim, ao tratar sobre seu futuro político, Emanuel frisou que não precisa de mandato para continuar ajudando Cuiabá. Ele não quis expor seus planos ou se abandonará a política. Mas, nos bastidores, tem sido cotado para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso em 2026.
“Vou cuidar do neto, dedicar-me à família [um pouco], mas trabalhando muito, de várias formas. Não precisa de mandato para servir Cuiabá, à minha gente. Sou servidor público, advogado e vou continuar trabalhando na minha atividade, assim como qualquer outra pessoa, servindo à minha terra, à minha gente e ao meu estado”, completou.
Nas eleições municipais deste ano, Emanuel saiu enfraquecido ao ver parte da sua base de vereadores não conseguir se reeleger à Câmara Municipal e o fato de não conseguir emplacar o seu sucessor no Palácio Alencastro. No primeiro turno, ele seguiu com o empresário Domingos Kennedy (MDB), apostando na máquina pública, porém, o aliado teve cerca de 13 mil votos e ficou em 4º lugar na corrida eleitoral. No segundo turno, Emanuel optou por ficar isento entre Abilio Brunini (PL), que saiu eleito futuro prefeito, e Lúdio Cabral (PT).