Presidente da Ucrânia pede ajuda ao papa Francisco para libertar ucranianos mantidos em cativeiro pela Rússia


Volodymyr Zelensky foi recebido no Vaticano nesta sexta-feira (11) e foi presenteado pelo pontífice com uma obra de arte em bronze, com uma flor crescendo ao lado de um pássaro e a frase ‘A paz é uma flor frágil’ inscrita. Volodymyr Zelensky e Papa Francisco
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi recebido pelo papa Francisco, no Vaticano, nesta sexta-feira (11). Os dois conversaram por 40 minutos em uma audiência privada e trocaram presentes e cumprimentos para fotos oficiais.
O Vaticano não forneceu detalhes sobre a conversa após o encontro, mas o ucraniano, em uma rede social, revelou que pediu ajuda do pontífice para garantir a libertação dos ucranianos mantidos em cativeiro pela Rússia.
“Estamos contando com a ajuda da Santa Sé para trazer de volta os ucranianos que foram capturados pela Rússia”, disse Zelensky.
No final da reunião, Francisco presenteou Zelensky com uma obra de arte em bronze, com uma flor crescendo ao lado de um pássaro e a frase “A paz é uma flor frágil” inscrita.
O presidente ucraniano deu ao papa uma pintura a óleo mostrando uma criança em meio a ruínas na cidade ucraniana de Bucha, que foi ocupada pelas forças russas por 33 dias na primavera de 2022.
Zelensky deu um quadro ao Papa Francisco
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Após a audiência com Francisco, a segunda em quatro meses, Zelensky, que está viajando pelas principais capitais europeias para discutir seu proposto “plano de vitória” para a guerra com a Rússia, conversou com o principal diplomata do Vaticano sobre questões da “guerra, bem como as maneiras pelas quais ela poderia ser encerrada”, segundo comunicado.
Em março, o papa desencadeou uma crise diplomática entre Kiev e o Vaticano ao apelar à Ucrânia para “levantar a bandeira branca e negociar”.
Giro por capitais europeias
Zelensky percorre as capitais da Europa Ocidental para renovar o apoio ao seu país contra a invasão russa. O presidente ucraniano afirma que o objetivo não é falar sobre um eventual cessar-fogo com a Rússia, mas sim apresentar aos seus aliados o seu “plano de vitória”, do qual não deu detalhes.
O objetivo é “criar as condições para um fim justo da guerra. A Ucrânia só pode negociar a partir de uma posição forte”, declarou nesta quinta-feira (10), através de um comunicado do seu gabinete.
Nesta quinta, o presidente da Ucrânia reuniu-se, em Londres, com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte; em Paris, com o presidente francês Emmanuel Macron e, em Roma, com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.
Nesta sexta-feira, depois das reuniões no Vaticano, irá a Berlim para falar com o chanceler alemão, Olaf Scholz, cujo governo pretende reduzir à metade o montante atribuído à ajuda militar bilateral à Ucrânia em 2025.
O Exército ucraniano enfrenta dificuldades na frente oriental, onde o Exército russo não parou de avançar nos últimos meses.
Zelensky também está preocupado com as eleições presidenciais americanas em novembro. Uma vitória do republicano Donald Trump contra a democrata Kamala Harris pode pôr em risco o apoio militar e financeiro que os Estados Unidos cede à Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.

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