Em agosto de 2024, o Brasil teve 5,65 milhões de hectares queimados, quase metade do total desde janeiro. Esse mês foi o pior da série histórica do Monitor do Fogo. As pastagens foram responsáveis por 24% das queimadas. São Paulo registrou 86% da área queimada no estado no mês, principalmente em áreas de cultivo de cana. O Cerrado foi o bioma mais afetado, com 2,4 milhões de hectares queimados, ou 43% do total nacional.
Em agosto de 2024, a Amazônia registrou 2 milhões de hectares queimados, com Mato Grosso e Pará sendo os estados mais afetados, seguidos por Mato Grosso do Sul. Os municípios de São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Porto Murtinho (MS) tiveram as maiores áreas queimadas. A área queimada na Amazônia aumentou significativamente em relação ao ano passado, com 30% da área sendo de formação florestal.
No mês passado, o Brasil registrou 11,39 milhões de hectares queimados desde janeiro, mais que o dobro de 2023, um aumento de 116%. Quase 70% das queimadas foram em vegetação nativa, com destaque para as formações campestres. Pastagens lideram entre as áreas agropecuárias queimadas, com 2,4 milhões de hectares. São Paulo teve um aumento de 2.510% nas queimadas em agosto, com 430 mil hectares em oito meses, principalmente em áreas de cana-de-açúcar. O Mato Grosso foi o estado mais afetado, com 2,3 milhões de hectares queimados, seguido por Roraima e Pará. A Amazônia concentrou 48% das queimadas, totalizando 5,4 milhões de hectares.
Entre janeiro e agosto de 2024, o Pantanal teve um aumento de 249% na área queimada, totalizando 1,22 milhão de hectares, com 52% queimados em agosto, o maior para o mês. Setembro, historicamente crítico, deve continuar com alta incidência de incêndios. Na Mata Atlântica, 500 mil hectares foram queimados em agosto, um aumento de 683%, totalizando 615 mil hectares queimados no período. A maioria das queimadas ocorreu em áreas agropecuárias, especialmente cana-de-açúcar. O Pampa foi o único bioma sem aumento de queimadas. As informações são do Monitor do Fogo do MapBiomas.